terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Poema do ciclo "Místicos": (dor de NATAL)



Natal gelado frio vergado
ao peso da neve caída…
Ruas desertas… almas inquietas
aos pés da sofrida lareira acesa…
Natal molhado!
Chuva caída de nuvens inchadas,
às bategadas!
Espírito inquieto de olhar vago deserto
na procura da flor do AMOR.

Igreja aberta,
acesa,
desperta…
…conforto de quem quer entrar.
Velas de luz aos pés do Menino deitado na palha,
no verde musgo seco,
do aconchego místico dos animais…

Bafo de amor cobre o mistério…
No agreste mundo
sofre-se de modo profundo…

Maria e José, mesmo ali, ao pé…
Conhecem a dor que espera o Senhor-Menino,
ali deitado ,a seu lado, como parte de um destino…

Fora da cabana, no céu azul, límpido, intenso,
brilha a luz das estrelas, num ambiente denso.
É oiro de raro incenso, derramado na mirra cheirosa da noite azulada…

Um cometa da cor do céu
pousa, com fragor,
na cabana do Menino-Senhor…

Inexplicável sentir um Futuro tal,
que parece ser a dor do eterno Natal!


C7G-27/39-(mist)-DEZ/09

6 comentários:

  1. É verdade Maria...
    O Natal esconde uma dor profunda, pois é a
    data do nascimento do menino que se tornou homem e foi ccruxificado para nós salvar.
    Acho que a festa funciona como um lenitivo,
    mas não devia, devia ser reflexão.
    bjs

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  2. Apesar de todas as dores, deixa a porta aberta, a luz acesa, a lareira quente...para o eterno Natal, e para todos os dias que hão-de-vir.

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  3. DORONI: essa é a grande verdade que os povos esquecem...

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  4. TERRA DE ENCANTO: natal é sempre que o homem quiser ou se sentir apto a ter um coração dorido, perante as misérias e injustiças! Não tenho qualquer problema em oublicar um poema dessa temática, fora de época...
    BJS de
    Lusibero

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  5. MANUEL MARQUES: salvou-se o presépio...
    BJ da LUSIBERO

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