quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

POEMA






 MINHAS VEIAS-RAÍZES

cabe-me um universo no corpo-poema
repleto de lexemas que dispersam mensagens
na falta de flores que te rocem a face.
relevos da realidade sensual à janela das estrelas,
a sua luz brilhante ilumina-me os sonhos-só-sonhos,
imagens de reacções dos sentidos.
minhas veias, raízes da minha-árvore-corpo
espalham-se pelas florestas a respirar o perfume
das neblinas-vida-a-germinar.
chegarás ao meu poema a tempo de me respirar?
o Outono não tarda a chegar e o menos calor faz-me transpirar
os sonhos-a-cumprir...
mas eu sou só uma letra da sílaba a nascer
da palavra do poema a querer viver.
faltas-me tu...
e meus dedos bêbados de cansaço
passeiam pelas folhas do dicionário dos teus mistérios
onde,
por vezes,
as ostras geram pérolas-auréolas-de firmamento.
©Maria Elisa Ribeiro
FEV/2020

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