POEMA:
uma manhã diferente
alvorada cedo
flores a rezar ao sol
embriagado de luz
um céu limpo e azul numa brisa quente...
uma primavera a prometer às veias do SER
o sangue rubro de um próximo verão.
o meu limitado espaço de mundo
inundado de aromas celestiais,
cheira a uma penetrante água-de-colónia
derramada na roupa de lã lavada...
se ao menos eu pudesse interiorizar,
absorvendo-os,
todos os odores naturais dos atalhos florestais,
meu sangue vibraria nos caminhos onde
o sol alegremente brilhava,
abrindo-me novos portais.
©Maria Elisa Ribeiro-Portugal
2022
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