sábado, 26 de agosto de 2023

POEMA

 





RIR A CHORAR

 

 

 

//Tenho frio e o coração vazio.

Espero-te sob os raios de sol, alegres, temperados

No seio da  floresta abandonada.

Leve aragem  lembra a VIDA e lembra o Tempo que passa

Com tantas preocupações no coração amargo.

 

//Frágil convicção da sensação de Verdade

Neste viver onde, afinal, não cabe toda a Felicidade.

As árvores no seu florir lembram o Tempo que corre

Da Primavera, ao Verão, do Outono ao Inverno. Que inferno!

Cheira à grandiosidade da procriação telúrica.

Odores do cio das plantas e das aves sensuais

Espalham-se pelo Sol das Esperanças das colheitas ancestrais.

 

//Estou só.

Não vislumbro uma sensação de companhia

 que cause uma natural alegria.

 

//Ri, palhaço, ri!

Chora no teu rir, actor da dor!

Leva aos corações  entristecidos, de frio natural arrepiados

A mensagem da Vida que tu não vives! Vá, ri, chorando.

Acompanho-te na dor e torno-me actor das desvantagens do RISO-LOUCO!

 

//Vagueio. Deambulo ,como Cesário, pelas margens do RIO

por entre folhas e flores já orvalhadas,

 ciosas da beleza de seus ventres inchados,

prontos a germinar na altura própria no seu espaço- Vida.

 

 

 

©AUTORA:Maria Elisa Ribeiro

FEV/2022

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