RIR A CHORAR
//Tenho frio
e o coração vazio.
Espero-te
sob os raios de sol, alegres, temperados
No seio
da floresta abandonada.
Leve
aragem lembra a VIDA e lembra o Tempo
que passa
Com tantas
preocupações no coração amargo.
//Frágil convicção
da sensação de Verdade
Neste viver
onde, afinal, não cabe toda a Felicidade.
As árvores
no seu florir lembram o Tempo que corre
Da
Primavera, ao Verão, do Outono ao Inverno. Que inferno!
Cheira à
grandiosidade da procriação telúrica.
Odores do cio
das plantas e das aves sensuais
Espalham-se
pelo Sol das Esperanças das colheitas ancestrais.
//Estou só.
Não
vislumbro uma sensação de companhia
que cause uma natural alegria.
//Ri,
palhaço, ri!
Chora no teu
rir, actor da dor!
Leva aos
corações entristecidos, de frio natural
arrepiados
A mensagem
da Vida que tu não vives! Vá, ri, chorando.
Acompanho-te
na dor e torno-me actor das desvantagens do RISO-LOUCO!
//Vagueio.
Deambulo ,como Cesário, pelas margens do RIO
por entre
folhas e flores já orvalhadas,
ciosas da beleza de seus ventres inchados,
prontos a
germinar na altura própria no seu espaço- Vida.
©AUTORA:Maria Elisa Ribeiro
FEV/2022
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