Olho em redor, e vejo que a própria
vida dos campos
tem já os olhos cansados
da luz que vai desmaiando
sobre todos os espaços.
Os rebanhos conhecem,de memória,
os atalhos que os cães amigos percorrem
rapidamente,
para os ajudarem a entrar no curral,
onde vão descansar no feno quente.
Os pastores, inseparáveis das velhas flautas,
tocam a melodia mágica que,desde sempre,
ensinou os caminhos às águas dos rios, aos rebanhos
e às verdes ervas dos campos,
tanto agora como no tempo dos trovadores.
Chiam os carros de bois,
aquele choro conhecido
do cansaço ,
que anuncia o fim do dia...
Recolhe-se a casa em alegria cansada
Trata-se do gado e da fome dos trabalhadores.
É hora de acabar o dia...
É hora do sino rezar connosco
“AVÉ MARIA”!
JNH/020
©Maria Elisa Ribeiro-Portugal
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