"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
AVIÕES CAÇA RUSSOS CONTINUAM A VIOLAR O ESPAÇO AÉREO PORTUGUÊS! O QUE QUEREM OS RUSSOS DA "JUVENTUDE PUTINISTA", QUE ELE COMEÇOU A FORMAR HÁ DUAS DEZENAS DE ANOS???????????
Força aérea volta a intercetar dois aviões russos
É a segunda vez em três dias que dois caças F-16 são intercetados a sobrevoar espaço aéreo internacional sob jurisdição portuguesa
Por: Redação / EC | há 2 horas
2 FOTOS
Notícia atualizada às 14:58
Caças F-16 da Força Aérea Portuguesa intercetaram esta sexta-feira mais dois aviões militares russos a sobrevoar o espaço aéreo internacional sob jurisdição portuguesa, disse à Lusa fonte oficial do Governo.
Aviões russos em espaço português? «Nem na Guerra Fria...»
O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, disse esta sexta-feira que os caças F-16 portugueses terem intercetado «com sucesso» dois aviões militares russos em espaço aéreo sob jurisdição portuguesa significa que o «sistema funcionou mais uma vez».
«Fizeram, mais uma vez com total sucesso, a interceção e a identificação» de dois aviões militares russos em espaço aéreo sob jurisdição de Portugal e acompanharam-nos «até saírem» daquela área, disse o ministro da Defesa.
«Isto significa que o sistema funcionou mais uma vez, há de funcionar sempre que for necessário», frisou o ministro, que falava aos jornalistas no aeroporto de Lisboa, pouco depois de ter chegado a território nacional no regresso de uma visita de três dias à capital da Colômbia, Bogotá.
Na quarta-feira, dois caças F-16 portugueses ao serviço da NATO intercetaram, identificaram e escoltaram dois aviões militares russos em espaço aéreo internacional sob a responsabilidade de Portugal.
Segundo o ministro, «o que é importante neste momento deixar muito claro é que a prontidão com que os F-16 portugueses estão permite responder com eficácia àquilo que são as solicitações do comando aéreo da NATO».
A FAP está preparada para, «sempre que seja solicitado pelo comando aéreo da NATO, fazer este tipo de missões» e irá fazê-lo «sempre com a celeridade e a prontidão necessárias e foi mais uma vez isso» que aconteceu, sublinhou Aguiar-Branco.
«Temos condições para o fazer, o sistema funciona, mais uma vez isso ficou demonstrado e fizemo-lo com a celeridade e a prontidão que se exige», frisou, referindo que, «mais uma vez, a FAP correspondeu àquilo que são os requisitos da NATO».
A embaixada russa em Portugal afirmou na quinta-feira que os aviões russos intercetados por caças portugueses cumpriram o Direito Internacional e realizaram voos «em espaço aéreo sobre águas internacionais, não entrando de modo nenhum em espaços aéreos de outros Estados», segundo um comunicado enviado à agência Lusa.
Segundo o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), nesse primeiro caso, foram «detetadas duas aeronaves não identificadas em espaço aéreo de responsabilidade portuguesa» e «acionados os meios de alerta previstos neste tipo de situações no quadro da NATO, tendo dois caças F-16 portugueses identificado duas aeronaves militares russas, que encaminharam para fora do espaço aéreo de responsabilidade nacional».
O ministro da Defesa português afirmou na ocasião que os aviões militares russos «não estavam a fazer a sua circulação nas condições necessárias em termos de tráfego aéreo internacional» e que o comando da NATO «solicitou a intervenção dos F-16» que «estão sempre em prontidão na Base de Monte Real», o que «significa que o sistema funcionou na normalidade».
De acordo com um comunicado da NATO divulgado na quarta-feira à noite, quatro grupos de aviões militares russos que nos últimos dois dias «realizaram manobras militares significativas» em espaço aéreo europeu foram intercetados por aviões aliados.
Os aparelhos russos, que incluíam bombardeiros, caças e aviões-cisterna, foram detetados sobre o Mar Báltico, Mar do Norte/Oceano Atlântico e Mar Negro..
OPINIÃO, no "JN"!!!!
Opinião
Lavagem de roupa suja
31.10.2014
RAFAEL BARBOSA
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A falência do sistema BES e a lavagem de roupa suja a que o caso deu origem continua a fazer vítimas entre a casta política portuguesa. E a deixar bem claro a desvergonha com que, entre as nossas elites políticas e financeiras, se fundem ou confundem interesses particulares com serviço público. Na semana passada, ficámos a saber que Carlos Moedas (ex-secretário de Estado de Pedro Passos Coelho e da troika e agora comissário europeu) era a arma secreta com que o clã Espírito Santo contava para tentar convencer a CGD a injetar umas centenas de milhões de euros num grupo falido. Uma arma de pólvora seca, é verdade, mas em todo o caso uma arma.
Nos últimos dias, ficámos também a saber que Manuel Pinho (ex--ministro da Economia de José Sócrates) foi confortado com um cargo de administrador de uma holding sem atividade conhecida (BES África), mas com um salário mensal de 39 mil euros, assim que se viu forçado a sair do Governo, depois de fazer "corninhos" a um deputado comunista.
Justamente confortado, não porque o deputado que o arreliou fosse comunista, mas porque o que o ex-ministro verdadeiramente pretendia era começar a receber, aos 56 anos, uma pensão de 37 mil euros a que só tinha direito aos 65. Ricardo Salgado deu com a mão direita o que não podia dar com a esquerda e transformou-o em "vice" do BES África, cargo em que aliás se mantém, não a partir de uma qualquer cidade africana, mas a partir de Nova Iorque, onde reside e dá aulas, presume-se que no escasso tempo que lhe sobra.
No início deste ano, Pinho voltou ao ataque. Adivinhando o desastre iminente e querendo assegurar o seu quinhão do saque, pede que lhe paguem antecipadamente uma parte do capital das pensões, e de uma só vez. Poderia até fazer um desconto. E argumenta com uma carta do chefe do clã, que lhe garantia o direito a receber antecipadamente o salário dos próximos cinco anos, caso lhe desse jeito para pagar alguma conta: dois milhões de euros.
Estranhamente, as pretensões do ex-ministro socialista não foram tidas em conta. E agora que a história estourou, o banco bom, ou Novo Banco, reduziu-lhe o salário de administrador para dois mil euros. Uma desconsideração: para que servirão dois mil euros em Nova Iorque, uma das cidades mais caras do Mundo?
No caso de Moedas como no de Pinho, tudo se passa dentro da mais estrita legalidade. Como já tinha acontecido com Eduardo Catroga, o homem que o PSD escolheu, em 2011, para negociar o memorando e o resgate da troika, que incluía, para além de uma overdose de austeridade, a privatização de algumas empresas públicas apetecíveis como a EDP.
Seguramente por acaso, Catroga seria escolhido, alguns meses depois, como presidente do Conselho Geral e de Supervisão de uma EDP vendida pelo Estado português ao Estado chinês. Para um cargo importante, um salário a condizer: 45 mil euros mensais. Tudo muito legal, tudo pouco probo. E a deixar bem claro a desvergonha com que, entre as nossas elites políticas e financeiras, se fundem ou confundem interesses particulares com serviço público.
Notícia "JN"!
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Foi reclamado o prémio de 190 milhões no Euromilhões
31.10.2014 - 11:50 , atualizado 31.10.2014 - 11:57
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa anunciou que foi reclamado e pago o prémio de 190 milhões de euros do "jackpot" do concurso 85/2014. Vencedor é de nacionalidade portuguesa.
MARISA PEREIRA / GLOBAL IMAGENS
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(20313)
Ainda não se sabe quem é sortudo ou a sortuda, apenas que a aposta, de quatro euros, foi registada no distrito de Castelo Branco.
"Vem o Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa informar que, relativamente ao sorteio do Euromilhões nº 85, de 2014, o primeiro prémio no valor de 190.000.000 de euros já foi reclamado por um Cidadão/Cidadã português e que foram prosseguidas e concluídas todas as formalidades para o pagamento do referido prémio", lê-se num curto comunicado publicado no site da Santa Casa, datado desta sexta-feira.
O Euromilhões faz 10 anos e já contemplou 53 pessoas em Portugal com o primeiro prémio. Até agora, este concurso já atribuiu a apostadores portugueses um total de prémios de 4288 milhões de euros, referiu o departamento de jogos da Santa Casa.
PELO JORNALISTA CARLOS TOMÁS, in "Notícias sem Censura"
EDUCAÇÃO - A INCOMPETÊNCIA DEVIA TER LIMITES
Opinião - por Carlos Tomás (jornalista)
Mais de um mês depois o caos continua instalado no sistema de colocações de professores, com muitos docentes a sentirem que estão a ser injustiçados e com toda a razão. Tudo, porque o Ministério da Educação e Ciência teima em complicar aquilo que é simples, multiplicando os concursos para preencher as vagas nas escolas. E quem sofre? Os alunos!
De facto, o Ministério tem promovido as colocações de uma forma que lesa muitos docentes e estudantes. Estamos a falar de uma situação profundamente injusta e que diz respeito à questão da prioridade dos candidatos a concurso, no âmbito da mobilidade interna anual.
E era tão fácil resolver as coisas sem polémicas, bastava que o ministro tivesse decidido que os docentes de Quadro de Escola/Quadro Agrupamento de Escola e os docentes de Quadro de Zona Pedagógica fossem priorizados de forma diferente, para efeitos de colocação nos agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas.
Eu, que não sou docente, considero que seria mais justo que, em primeiro lugar, fossem priorizados os docentes de Quadro de Escola/Quadro de Agrupamento, depois os candidatos a Destacamento por Aproximação à Residência (DAR), seguindo-se então os docentes do Quadro de Zona Pedagógica e, por fim, os professores de concurso extraordinário, sendo todos ordenados de acordo com a sua graduação profissional e colocados nos mesmos termos.
Mas, para um leigo, o ideal seria que no próximo ano houvesse apenas um concurso em que entrariam todos os professores e estes seriam colocados de acordo com a antiguidade e graduação, sendo que cada professor poderia escolher uma escola como primeira opção. Só depois de todos os professores do quadro estarem colocados é que se deveria pensar na colocação dos professores contratados, uma vez que estes não estão vinculados ao Estado.
Alguém acha normal uma empresa contratar uma pessoa quando tem nos seus quadros profissionais habilitados para tais funções? Só o fará em caso da pessoa do quadro estar incapacitada, nomeadamente se estiver doente. Mas deixam-se professores com anos de experiência sem dar aulas (com os chamados horários zero) e contratam-se outros sem metade da experiência. Alguma coisa anda podre no reino da Educação.
Bastava uma simples administração de recursos, que o Ministério da Educação não faz há vários anos, para resolver o problema.
Repito, quem paga esta incompetência?
Os alunos! E milhares de professores também. Não é senhor ministro?
GostoGosto ·
MAS QUEM ACREDITA NESTE "TROCA-TINTAS"????????????????????
Confusão: Passos volta atrás na ideia de devolver salários
por Miguel Marujo com Octávio Lousada OliveiraOntem318 comentários
Primeiro-ministro desdiz o que tinha anunciado menos de duas horas antes. Afinal, vai insistir na reposição gradual de 20% por cada ano. Antes tinha dito que seria "integral" em 2016.
O primeiro-ministro leu uma coisa às 10 e pouco da manhã e corrigiu o que tinha dito já perto do meio-dia. Afinal, em 2016, sePassos Coelho ainda "for primeiro-ministro" vai insistir na reposição gradual de salários da função pública em 20%, até 2018, como o governo tem defendido, apesar do Tribunal Constitucional ter manifestado sérias reservas a esse calendário indefinido.
No seu discurso escrito, que leu na abertura do debate sobre Orçamento do Estado para 2015, esta quinta-feira no Parlamento, o primeiro-ministro disse: "2015 é um momento de viragem na recuperação dos rendimentos portugueses e do seu poder de compra. A par do aumento do salário mínimo, com efeitos já no presente mês de outubro, os funcionários públicos beneficiam já da reversão dos cortes que foram feitos no contexto da emergência financeira. Essa reversão foi total para todos os trabalhadores do Estado com rendimentos até 1500 euros. E para vencimentos acima desse montante a reversão será de 20% em 2015 e integral no ano seguinte." Mas Passos Coelho acrescentou ao discurso uma frase: "Se outras propostas não aparecerem entretanto."
Essas propostas acabaram por aparecer na boca do primeiro-ministro, menos de duas horas depois de debate, em resposta ao deputado dos Verdes, José Luís Ferreira, quando Passos Coelho fez uma pirueta no seu discurso. "Se eu for primeiro-ministro nessa altura não deixarei de apresentar novamente essa proposta, portanto, proporei que a reversão salarial seja de 20% em 2016, como consta de resto daquilo que tem sido a posição pública do Governo."
Antes, Passos tinha explicado que, "nos termos do Tribunal Constitucional, a reversão salarial em Portugal em 2016 deverá ser total, porque o Tribunal Constitucional não permitiu que a proposta que o Governo anunciou pudesse em 2016 prosseguir com mais uma devolução de 20% do corte salarial".
Já no final do debate matinal, o primeiro-ministro, em resposta à deputada do BE Mariana Aiveca, salientou não haver "nenhuma ambiguidade" nas suas palavras, reforçando com a ideia de que o governo "cumpre sempre as decisões do Tribunal Constitucional". Mas notou que os juízes do Palácio Ratton disseram que não se pronunciariam sobre a medida de reversão dos cortes "porque a medida [prevista no documento de estratégia orçamental (DEO)] não tinha efeitos vinculativos".
DA AUSTRÁLIA...FROM AUSTRÁLIA...
Muslims for Islamic Sharia law were told to get out of Australia
Posted on 10/27/2014 by Eliyokim Cohen
Prime Minister John Howard – Muslims who want to live under Islamic Sharia law were told on Wednesday to get out of Australia , as the government targeted radicals in a bid to head off potential terror attacks.
Separately, Howard angered some Australian Muslims on Wednesday by saying he supported spy agencies monitoring the nation’s mosques. Quote: ‘IMMIGRANTS, NOT AUSTRALIANS, MUST ADAPT. Take It Or Leave It. I am tired of this nation worrying about whether we are offending some individual or their culture. Since the terrorist attacks on Bali , we have experienced a surge in patriotism by the majority of Australians.’
‘This culture has been developed over two centuries of struggles, trials and victories by millions of men and women who have sought freedom’
‘We speak mainly ENGLISH, not Spanish, Lebanese, Arabic, Chinese, Japanese, Russian, or any other language. Therefore, if you wish to become part of our society . Learn the language!’
‘Most Australians believe in God. This is not some Christian, right wing, political push, but a fact, because Christian men and women, on Christian principles, founded this nation, and this is clearly documented. It is certainly appropriate to display it on the walls of our schools. If God offends you, then I suggest you consider another part of the world as your new home, because God is part of our culture.’
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Estado Islâmico executa mais de 200 homens no Iraque
Foto: DR
Duas valas comuns foram descobertas com corpos de homens dos 18 aos 55 anos, membros de uma tribo sunita.
30-10-2014 18:02
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Fonte
SAIBA MAIS
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"Dois ou três" portugueses no Estado Islâmico querem regressar
Militantes do Estado Islâmico (EI) executaram, pelo menos, 220 iraquianos de uma tribo sunita que se opôs à ocupação do seu território na zona ocidental do país.
Duas valas comuns foram descobertas esta quinta-feira contendo os corpos de homens da tribo que o Estado Islâmico tinha ocupado esta semana.
As vítimas, que apresentam ter idades entre os 18 e os 55 anos, terão sido abatidos a tiro a curta distância.
Os jihadistas tinham ordenado aos homens da tribo que deixassem as suas aldeias e seguissem para outra cidade, a 130 quilómetros, prometendo-lhes “uma passagem segura”. De seguida foram raptados e mortos.
Já em Junho o Estado Islâmico executara 600 prisioneiros da Prisão de Badoush, perto da cidade de Mossul.
Liderado por Abu Bakr al-Baghdadi, o EI anunciou em Junho de 2014 a restauração de um califado onde impõe a sharia (lei islâmica).
O Estado Islâmico ocupa uma faixa de território que abrange parte da Síria e do Iraque.
Através do blogue "Uniralcobaça.blogspot.pt" de Rogério Manuel Raimundo
(30out2014.16h) "Um Orçamento de um Governo que deixa um rasto de destruição incomparável." Jerónimo de Sousa hj na Assembleia da República
Via
https://www.youtube.com/watch?v=uzFuOD4BZuk
Intervenção de Jerónimo de Sousa na Assembleia de República
"Este é um orçamento para prosseguir a política dos PEC's e das troikas"
30 Outubro 2014
No inicio do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2015, o Secretário-Geral do PCP afirmou que este é um Orçamento que segue o mesmo rumo de imposição de medidas de empobrecimento dos portugueses, de corte e congelamento dos salários e reformas, de despedimentos na administração pública, de ataques aos direitos sociais de todo o povo, na educação, saúde e segurança social, mais privatizações, mais benefícios fiscais para os grupos económicos e o aumento dos juros da dívida.
Sra. Presidente
Sras. e Srs. Deputados
Senhor Primeiro-ministro
Ao contrário do que a campanha de propaganda do governo quer fazer crer este não é um Orçamento, nem de viragem, nem amigo das famílias, muito menos um Orçamento preocupado com a justiça social ou ainda com o crescimento e o relançamento económico do País.
Este é mais um Orçamento que segue o mesmo rumo dos anteriores Orçamentos do seu governo. O mesmo rumo de imposição de medidas de empobrecimento dos portugueses, de corte e congelamento de salários e reformas, despedimentos na Administração Publica, de confisco dos rendimentos do trabalho, de ataque aos direitos sociais de todo o povo à educação, à saúde, à segurança social.
Um Orçamento para prosseguir a política dos Pec e das troikas e os acordos de política fiscal dos partidos ditos do arco da dívida a favor dos rendimentos de capital.
Um Orçamento de aumento generalizado dos impostos sobre os trabalhadores e o povo.
Um Orçamento que em cima de uma brutal injustiça fiscal do maior aumento de impostos directos sobre o trabalho que há memória, vem carregar agora nos impostos indirectos sobre os mesmos com a chamada fiscalidade verde. Um aumento de cerca de 8% que se traduzirão em novos aumentos nos combustíveis, no gás, no imposto de circulação, nos transportes públicos, no IMI com o fim da cláusula de salvaguarda, entre outros.
Um Orçamento que para quem trabalha ou trabalhou deixa a promessa de uma improvável devolução da injusta sobretaxa do IRS, mas para o grande capital o cumpre de imediato da baixa dos seus impostos com a diminuição da taxa do IRC, depois da redução aprovada há um ano com o apoio do PS!
Mais as rendas das PPP, as privatizações, os benefícios fiscais, o aumento dos juros pagos pela dívida e que no próximo ano serão de mais 400 milhões de euros, um serviço da dívida brutal de 8 mil e 200 milhões de euros!
Um Orçamento de aprofundamento das desigualdades e de agravamento da crise social que apresenta um novo corte de 100 milhões de euros nas prestações sociais.
Um Orçamento para cortar mais no RSI, nos abonos, no complemento para idosos, nos desempregados. Que congela mais um ano o indexante social para baixar o valor de todas as prestações!
Um Orçamento de Estado que continua o ataque às funções sociais do Estado e o seu desmantelamento. Mais uma vez e à cabeça os cortes na Educação de mais de 700 milhões de euros e o agravamento da política de subfinanciamento nos serviços públicos e essenciais à vida das populações.
Este é o último Orçamento do seu governo. Um Orçamento que fecha um ciclo de uma governação de que o País deseja ver-se livre e que nós tudo faremos para antecipar o seu fim.
Um Orçamento para concluir uma governação que bateu todos os mais indesejáveis recordes que um País pode aspirar.
Um Orçamento de um Governo que deixa um rasto de destruição incomparável.
Que afundou a economia com o PIB a cair cerca de 6% e milhares de empresas levadas à falência e que aponta para um crescimento em 2015 que é uma fantasia, à revelia dos impactos do BES e do quadro europeu e internaciopnal!
Que mais que duplicou o desemprego, batendo todos os recordes de destruição de emprego. O mesmo em relação à precariedade!
Que afundou o investimento para níveis nunca vistos com impactos desastrosos na recuperação da economia do País e no acentuar das assimetrias regionais. Há décadas que não se investia tão pouco!
Que fez crescer a dívida nestes três anos em mais de 51 mil milhões de euros.
Até quando vão fugir à nossa proposta de renegociação da dívida para relançar a economia do País e por fim a esta política de austeridade, regressão social e civilizacional?
Um governo Que afundou a educação e o ensino - do básico ao superior - com os cortes que promoveu de mais de 2 mil e duzentos milhões de euros, entre 2011 e o previsto para 2015!
Que mais dificuldades criou ao SNS e aos portugueses no acesso aos serviços de saúde com a política de encerramentos e cortes que entre 2011 e o orçamentado para 2015 atingirão os mil e oitocentos milhões de euros!
Até quando vão recusar as nossas propostas de defesa da Escola Pública e do SNS e vão perpectuar este ataque brutal aos direitos do nosso povo à saúde e à educação?
Um govrno Que subiu ao pódio da injustiça social com o contributo do anterior governo consegui a proeza de dar o maior e mais profundo golpe no sistema de protecção social. Menos 666.500 pessoas a receber abono de família, menos 312 mil o RSI e menos 73 mil o Complemento Social para Idosos. Num País onde mais de metade dos desempregados não recebe subsídio de desemprego e os que recebem viram o seu valor cair.
Que mais pobres produziu no mais curto espaço de tempo com a sua política de retrocesso social – mais 600 mil em três anos!
Que mais cortou nos rendimentos das famílias com o agravamento da injustiça fiscal, oaumento histórico dos impostos directos e indirectos, em cima de brutais cortes e congelamento de salários e pensões, redução e liquidação de prestações sociais e aumento dos preços de tudo o que é essencial.
Também aqui, senhor primeiro-ministro, até quando vão recusar a nossa proposta de política fiscal para romper com o favorecimento dos bancos, grandes grupos económicos e a especulação e aliviar os impostos dos trabalhadores e do povo!
O senhor Primeiro-ministro bem se esforça para mostrar as virtudes da sua política e a diferença entre este Orçamento e os anteriores. Mas aonde está a diferença e aonde está a recuperação do País?
Publicada por Rogério Manuel Madeira Raimundo
POEMA DE Mia Couto (1955- )
Poema de MIA COUTO (1955- ), in net
Diz o Meu Nome
Diz o meu nome
pronuncia-o
como se as sílabas te queimassem
[os lábios
sopra-o com a suavidade
de uma confidência
para que o escuro apeteça
para que se desatem os teus cabelos
para que aconteça
Porque eu cresço para ti
sou eu dentro de ti
que bebe a última gota
e te conduzo a um lugar
sem tempo nem contorno
Porque apenas para os teus olhos
sou gesto e cor
e dentro de ti
me recolho ferido
exausto dos combates
em que a mim próprio me venci
Porque a minha mão infatigável
procura o interior e o avesso
da aparência
porque o tempo em que vivo
morre de ser ontem
e é urgente inventar
outra maneira de navegar
outro rumo outro pulsar
para dar esperança aos portos
que aguardam pensativos
No húmido centro da noite
diz o meu nome
como se eu te fosse estranho
como se fosse intruso
para que eu mesmo me desconheça
e me sobressalte
quando suavemente
pronunciares o meu nome
Mia Couto, in 'Raiz de Orvalho'
Pensamento
De Gaston Bachelard (1884-1962) , in O Pensador
"Basta falarmos de um objeto para nos acreditarmos objetivos. Mas, por nossa primeira escolha, o objeto nos designa mais do que o designamos, e o que julgamos nossos pensamentos fundamentais são amiúdes confidências sobre a juventude do nosso espírito. Ás vezes nos maravilhamos diante de um objeto eleito; acumulamos hipóteses e os devaneios; formamos assim convicções que tem a aparência de um saber. Mas a fonte inicial é impura: a evicência primeira não é uma verdade fundamental. De fato a objetividade científica só é possível se inicialmente rompemos com o objeto imediato, se recusamos a sedução da primeira esolha, se detemos e refutamos os pensamentos que nascem da primeira observação. Toda objectividade, devidamente verificada, desmente o primeiro contacto com o objecto."
Gaston Bachelard
NOTA DO GRUPO EDITORIAL DE "PÚBLICO"!
O mesmo não é verdade em relação a outros ministros. A
EDITORIAL
Onde está o biombo entre o Governo e o BES?
DIRECÇÃO EDITORIAL
27/10/2014 - 07:12
Sem separação clara de interesses, nunca saberemos as razões verdadeiras das decisões políticas.
3
TÓPICOS
Governo
Banco de Portugal
Banca
BES
Editorial
Em Julho de 2013, quando foi nomeado ministro da Economia, Pires de Lima deu uma ordem aos bancos onde tinha contas para que vendessem todas as suas acções portuguesas.
Foi nessa altura que vendeu, por cerca de 70 mil euros, as 80.433 acções que tinha no BES. Quis assim garantir que, ao agir como ministro, não seria apanhado a pensar para com os seus botões algo do tipo: “Se decidir A, perco dinheiro; se decidir B, não perco...”
Foi um gesto de transparência. Desligou-se da banca portuguesa e criou o que no mundo dos negócios se chama chinese walls, um biombo entre a sua acção como ministro e os seus investimentos pessoais. Isso fez com que, um ano depois, quando mergulhou na crise que fez implodir o BES, Pires de Lima fosse um político mais livre e independente do que teria sido se o seu dinheiro estivesse em jogo.o todo, 16 membros do Governo de Passos Coelho assistiram com particular atenção ao desmoronar do império Espírito Santo. Alguns têm contas acima de 100 mil euros no BES. Juntos, têm um milhão de euros em aplicações, fundos, carteiras, banca-seguros e títulos.
Um exemplo da importância dos biombos é a decisão tomada em Conselho de Ministros em plena crise do BES: até onde se deveria proteger quem tinha poupanças no BES? Todos os depositantes ou só os que tinham menos de 100 mil euros, como estipula o novíssimo regulamento europeu? O Governo decidiu que tanto os pequenos como os grandes depositantes deveriam ficar a salvo.
Na prática, só não foram protegidos os accionistas com pelo menos 2% do banco, valores muitíssimo mais elevados. Neste debate, ouvimos sempre falar da importância de garantir a confiança no mercado. Ou seja, de não serem tomadas decisões que levem as pessoas a guardar as suas poupanças debaixo do colchão. Mas com esta ausência de separação de interesses nunca saberemos a razão real das decisões políticas.
ARTIGO EM "PÚBLICO"
OPINIÃO
O tiro de largada
REMO MANNARINO FILHO
29/10/2014 - 00:46
No Brasil, há uma tradição universitária que talvez ainda não esteja inteiramente sedimentada, cheia de distorções, práticas curiosas e lacunas notáveis.
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TÓPICOS
Universidades
Brasil
Ensino Superior
Educação
Alunos
Ano grande do Brasil
A cultura brasileira acumula cinco séculos de uma relação extremamente conflitada com a ideia de educação e do ensino acadêmico. O problema é histórico e secular: é amplamente conhecida a total negligência da Coroa portuguesa em relação às instituições de ensino superior no Brasil nos tempos de colonização. Enquanto a Espanha começou a empreender universidades na América do Sul já no século XVI (eram 27 na época da independência), Portugal tomou a ativa decisão de não fazê-lo.
Se excetuarmos as escolas teológicas da ordem jesuítica, voltadas para a formação de sacerdotes, as primeiras instituições de ensino superior surgem no Brasil só em 1808, a reboque da chegada da família real. As academias pioneiras, aliás, tinham todas caráter técnico, voltadas que eram para o atendimento de certas necessidades práticas imediatas: a Academia Real da Marinha e a Academia Real Militar são os primeiros exemplos. Ao longo do século XIX, difundiu-se, em Portugal e no Brasil, o ideário segundo o qual o desenvolvimento dos países dependeria da formação de quadros técnicos especializados, capazes de empreender as obras de infra-estrutura necessárias para a construção do país. Nosso sistema de ensino superior já nasceu comprometido com essa resoluta matriz politécnica.
O resultado é, ainda hoje, uma tradição universitária que talvez ainda não esteja inteiramente sedimentada, cheia de distorções, práticas curiosas e lacunas notáveis. Apenas para apresentar um exemplo particularmente eloquente, mencione-se a inexistência, no Brasil, de um único Departamento de Estudos Clássicos – que, nas universidades mundo afora, são centros de ensino e pesquisa que dão testemunho de consciência civilizacional e de interesse pelas raízes culturais de uma nação. O fenômeno não chega a espantar, se levarmos em conta a matriz politécnica aludida mais acima. E tampouco admira que a nossa presidente reeleita, então candidata, tenha dito há coisa de um mês, numa entrevista em que analisava o fenômeno da evasão do ensino médio, que não seria mesmo possível estimular os jovens com o currículo atual, com disciplinas tão desinteressantes quanto a filosofia e a sociologia.
Quanto à distribuição do ensino, também uma dinâmica muito própria se formou – e, como professor universitário, eu tenho contato com isso diariamente. Em sala de aula, é bastante fácil perceber que uma parte substantiva dos alunos não deveria estar ali – às vezes por falta de nível intelectual, e mais frequentemente pelo mais absoluto e genuíno desinteresse pelos assuntos estudados. Ao mesmo tempo, há um sem-número de jovens talentosos, capazes e interessados que acabam sem acesso à universidade, seja por falta de uma educação fundamental de qualidade, seja por falta de condições financeiras.
Essa distorção tem certamente mais de uma causa. Uma delas, espécie filho bastardo do nosso bacharelismo, é a seguinte: nas metrópoles brasileiras, ser de classe média é sinônimo de ter algum curso superior, e o curso superior parece fornecer um diploma de pertença à classe média. Se o jovem é oriundo desse estrato social, então, ao fim do ensino médio, ele ingressa na faculdade – apenas porque é o que fazem as pessoas do mundo a que ele pertence. Não parece haver maior relação com o desejo de adquirir conhecimento, com o real interesse por certas questões, ou com a paixão ou o talento para os estudos. (Essa dinâmica já havia sido parcialmente diagnosticada na década de 40 por Otto Maria Carpeaux, no excelente ensaio A ideia da universidade e as ideias das classes médias – o mesmo que afirma que “das universidades depende a vida espiritual das nações.”)
***
Digo tudo isso porque acredito que uma análise da situação da educação superior brasileira deve ir além da mera menção aos números, citados por todos os lados tanto como prova do nosso atraso educacional quanto dos avanços conquistados nas últimas décadas.
Ir além dos números, no entanto, não significa ignorá-los. Para que os tenhamos em mente: se é verdade que nos últimos anos foram registrados recordes de alunos matriculados nas universidades (muito embora 2013 tenha apresentado uma queda no número total de diplomados), o avanço nesse campo ainda é muito modesto. Entre os brasileiros mais velhos (55 a 64 anos) temos um contingente de 10% de formados; entre os jovens adultos (25 a 34), o percentual é só um pouco maior: 14%. Nas mesmas faixas etárias, a Coréia do Sul deu um salto de 14% para 66%, e o México de 13% para 24%.
Se essas estatísticas já dão a impressão de que “estamos ficando para trás”, é preciso ainda levar em conta o fato de que elas não terminam de revelar a gravidade do nosso problema. O Brasil enfrenta também um sério desafio quanto à qualidade do seu ensino, e isso em todos os níveis, do fundamental à pós-graduação. O empenho dos governos em melhorar a quantidade total de diplomas emitidos termina por mascarar esse problema, certamente maior: o que é que esses diplomas efetivamente significam. Claro que não é simples conciliar a expansão do ensino superior com o apuro da qualidade – os dois propósitos parecem antagônicos, e talvez de fato o sejam. Seja como for, pesquisas qualitativas recentes trouxeram resultados desconcertantes: um levantamento do Instituto Montenegro, feito em 2013, concluiu que 38% dos universitários brasileiros são analfabetos funcionais (“podem até compreender textos simples, mas são incapazes de interpretar e associar informações”). Pesquisa semelhante feita pela Universidade Católica de Brasília em 2012 chegou a um número ainda mais preocupante: 50% de analfabetismo funcional.
Um cientista português a lutar contra o cancro da mama! FORÇA, JOVENS CÉREBROS!
Investigação
Ricardo desenvolveu uma técnica indolor de diagnóstico para o cancro da mama
Vencedor da categoria de mestrado do Fraunhofer Portugal Challenge 2014, Ricardo Eleutério recebeu dois mil euros para desenvolver o seu projecto. Técnica não invasiva detecta metástases do cancro da mama na região axilar
Texto de Ana Maria Henriques • 30/10/2014 - 16:22
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Com apenas 23 anos, Ricardo Eleutério desenvolveu uma técnica não invasiva e indolor que pode contribuir para o diagnóstico precoce do cancro da mama e, consequentemente, para a “realização de tratamentos mais efectivos” no tratamento desta doença. O engenheiro biomédico venceu a categoria de mestrado do Fraunhofer Portugal Challenge 2014, entregue esta quarta-feira, 29 de Outubro, no Porto. Com a sua dissertação — “Microwave Imaging of the Axilla to Aid Breast Cancer Diagnosis” —, Ricardo recebeu dois mil euros, que vai aplicar no desenvolvimento e estudo da técnica, “única no mundo”, garante em entrevista ao P3.
Usando a imagiologia por micro-ondas, o jovem formado na Universidade Nova de Lisboa (UNL) idealizou uma técnica para ser utilizada na “detecção precoce de metástases do cancro da mama na região axilar”. “Isto porque em cerca de 80% dos casos deste tipo de cancro, as células cancerígenas metastizam para a zona axilar”, contextualiza. Daí que seja “muito importante” verificar se as metástases existem ou não. Segundo Ricardo, o facto de esta ser uma técnica não invasiva “vai ao encontro a uma grande necessidade clínica que existe actualmente”.
Indolor, portátil e de baixo custo são algumas das características da técnica, ainda sem nome, que para já ainda está no papel. “Não só seria uma mais valia para pacientes e médicos — até porque as imagens que dela resultam são de fácil interpretação —, como também pode providenciar bons resultados e (...) aumentar o número de sobreviventes do cancro da mama, que tanto depende da detecção precoce”, explica.
O exame “baseia-se nas diferenças dieléctricas entre tecidos que têm células cancerígenas e tecidos saudáveis”. “Devido a estas diferenças, conseguimos distinguir se o tecido tem tumor ou não. Isto com a utilização de micro-ondas, uma radiação com uma frequência baixa que, tanto quanto se sabe, não tem qualquer efeito adverso para a saúde das pessoas”, continua. Na prática, tratar-se-ia de uma “espécie de uma banda” para ser colocada na axila, com “um pequeno aparelho portátil responsável por emitir e receber os sinais”. Por ser de “baixo custo” pode vir a ser utilizada “em países em desenvolvimento”, onde o diagnóstico falha por falta de recursos. “E como é portátil também pode ser usada em áreas remotas: o exame pode até ser realizado em casa dos pacientes.”
Garante Ricardo, natural de Évora, que a técnica foi pela primeira vez mencionada na sua dissertação de mestrado, juntamente com a participação da docente orientadora. “Os resultados dos testes foram promissores e o próximo passo será mesmo desenvolver o equipamento em si e, também, entrar na fase de testes clínicos, para comprovar em pessoas a sua eficácia”, resume o jovem, para quem a “aplicação da tecnologia na saúde” é uma área apaixonante, na qual quer continuar a trabalhar.
O Fraunhofer Portugal Challenge, que se realiza desde 2010, premeia “as ideias de investigação mais inovadoras do país” em duas categorias (mestrado e doutoramento). Nesta edição, e na categoria de mestrado, foram ainda distinguidas Anna Pompili, do Instituto Superior Técnico, com uma plataforma online para o tratamento de doentes afásicos, e Karen Duarte, da Universidade de Coimbra, com um sistema de navegação para cegos. 1000 e 500 euros foi quanto as investigadoras receberam, respectivamente.
DA SUÉCIA...
Suécia fura consenso na União Europeia e reconhece Palestina independente
ANA FONSECA PEREIRA
30/10/2014 - 10:33
(actualizado às 18:45)
Israel repudia decisão e chama o seu embaixador em Estocolmo. Impasse no processo de paz dá argumentos a quem diz não ser possível esperar mais tempo para reconhecer direitos dos palestinianos.
A bandeira da Palestina na sua representação diplomática na Suécia
AFP PHOTO/JONATHAN NACKSTRAND
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Tensão ao rubro em Jerusalém após ataque contra activista judeu
Com a violência a espreitar, ameaçadora, as ruas de Jerusalém e sem que haja no horizonte qualquer ideia para ressuscitar o processo de paz, a Suécia tornou-se nesta quinta-feira o primeiro país da União Europeia a reconhecer a Palestina como um Estado independente. Nenhum outro país deu sinal de que pretende seguir-lhe o exemplo, mas o impasse nas negociações e a irritação com a insistência israelita na expansão dos colonatos indicam que, a breve prazo, a Autoridade Palestiniana pode conseguir mais apoios à sua campanha pelo reconhecimento unilateral.
Israel reagiu com a fúria esperada. “O Governo sueco deveria compreender que as relações no Médio Oriente são mais complicadas do que a montagem dos móveis Ikea”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Avigdor Lieberman, denunciando uma “decisão miserável” que irá dar força “às exigências irrealistas dos palestinianos”. Horas mais tarde, o Governo israelita chamou por tempo indeterminado o seu embaixador em Estocolmo, gesto que assinala o agravamento da crise diplomática.
Quando, no início do mês, o novo primeiro-ministro sueco, Stefan Lofven, anunciou que iria reconhecer a Palestina, Washington, aliado incondicional mas cada vez mais relutante de Israel, criticou a decisão “prematura” da Suécia, insistindo que a independência palestiniana deve ser o culminar do processo de paz.
Mas nesta quinta-feira a ministra dos Negócios Estrangeiros, Margot Wallström, disse temer que a decisão da Suécia “seja mais tardia do que prematura”. Num artigo para o jornal Dagens Nyheter, a antiga comissária europeia reconhece que a Palestina não tem fronteiras definidas, mas cumpre o essencial “dos critérios de direito internacional para um reconhecimento”: um território, uma população, e um governo.
Wallström sublinhou que a iniciativa não significa que Estocolmo esteja a escolher um lado do conflito. “Estamos a colocar-nos do lado da paz”, disse a ministra, explicando que o objectivo é apoiar os palestinianos moderados, como o presidente Mahmoud Abbas, e reforçar o seu estatuto nas negociações de paz.
Mas não escondeu que o passo dado pela Suécia – o 135.º país a reconhecer uma Palestina independente – nasce também da frustração com que o mundo olha para os acontecimentos na região. “Ao longo do último ano vimos como as negociações de paz se afundaram num impasse, como as decisões sobre a construção de novos colonatos nos territórios ocupados da Palestina complicaram a solução de dois Estados e como a violência regressou a Gaza”, afirmou.
Abbas agradeceu a decisão “corajosa e histórica” e exortou outros países a responderem à campanha que, em 2011, o levou ao pedir ao Conselho de Segurança o reconhecimento da Palestina como um membro de pleno direito da ONU. A iniciativa foi bloqueada, mas abriu o caminho para que, no ano seguinte, a Assembleia Geral lhe atribuísse o estatuto de Estado observador – numa votação em que Portugal foi o primeiro país da União Europeia a anunciar o seu apoio e um dos 14 que votou a favor.
Depois disso, os EUA tentaram relançar as negociações, mas a realidade voltou a sobrepor-se: em Janeiro, Israel anunciou novos planos para a construção de colonatos, três meses depois a Fatah de Abbas acordou com o rival Hamas, maioritário em gaza, um governo de unidade nacional e o diálogo foi suspenso. Em Julho, após uma escalada que começou com o assassínio de três adolescentes israelitas na Cisjordânia, Israel lançou nova ofensiva contra Gaza que fez mais de dois mil mortos.
A violência, escreveu o Guardian, voltou a chamar a atenção do mundo para um conflito sem solução militar e, apesar de as culpas serem partilhadas, é Israel quem mais tem perdido na frente diplomática. “De cada vez que há um acontecimento grande como este, o apoio a Israel diminui um pouco mais”, disse um responsável europeu ao jornal britânico, explicando que uma fatia crescente da opinião pública do continente “não acredita que Israel esteja a trabalhar genuinamente para alcançar a paz”.
A União Europeia (UE) diz estar disponível para reconhecer a Palestina “no momento apropriado”, mas insiste que a prioridade deve ser colocada nas negociações de paz. Vários países, adiantou a Reuters, ficaram, por isso, irritados com o passo unilateral de Estocolmo – sete países da UE (Chipre, Bulgária, Hungria, Malta, Polónia, República Checa e Roménia) tinham reconhecido a Palestina, mas fizeram-no antes da adesão à UE. No entanto, nos corredores são cada vez mais os diplomatas europeus que, a cada anúncio de expansão dos colonatos, avisam Israel para o risco de isolamento internacional.
E em muitos países aumentam as vozes dos que dizem não ser possível esperar pelo sucesso das negociações para reconhecer o direito dos palestinianos a um Estado. O Parlamento britânico aprovou neste mês por esmagadora maioria uma moção pedindo ao Governo que reconheça a Palestina e votos semelhantes estão na calha em outros países, casos da Irlanda e da França, adiantou a Reuters.
Os Governos da Noruega, Finlândia e Dinamarca disseram não ter planos para seguir o exemplo de Estocolmo, mas a reputação internacional da Suécia – com um historial de defensora dos direitos humanos e de mediadora de conflitos – “pode eventualmente gerar uma bola de neve”, disse à AFP Ove Bring, professor de Direito Internacional sueco. Foi isso que aconteceu na América Latina, depois de, em 2010, o então presidente brasileiro Lula da Silva ter dado o seu apoio à causa de Abbas. Escudados na posição da maior economia da região, mais de uma dúzia de países seguiram o passo de Brasília.
passos coelho e as suas "VIRAGENS"
Passos Coelho a anunciar viragens desde 2012
LUCIANO ALVAREZ
30/10/2014 - 18:48
“Viragem” é uma palavra cara ao primeiro-ministro. Fala nela quase desde que tomou posse, seja para se referir à situação económica, seja em relação ao rendimento dos portugueses.ADRIANO MIRANDA
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Ferreira Leite contra "oportunismo político" de Ferro e Passos
Pedro Passos Coelho anunciou nesta quinta-feira no Parlamento que 2015 vai ser de viragem económica. Na verdade, Passos anuncia viragens desde Janeiro de 2012.
“2015 é um momento de viragem na recuperação do rendimento dos portugueses”, afirmou o primeiro-ministro no início do debate do Orçamento do Estado para 2015.
O termo não é novo. Parece ser mesmo um dos preferidos de Passos Coelho.
O XIX Governo Constitucional tomou posse a 21 de Junho de 2011. Portugal vivia tempos difíceis. Tinha acabado de pedir ajuda internacional e as medidas que a partir daí iriam ser impostas pela troika e pelo Governo, que sempre afirmou que iria além da troika, teriam um efeito muito duro na carteira e na vida de quase todos os cidadãos.
Porém, no início de 2012, a 6 de Janeiro, durante um debate quinzenal, Passos já mostrava algum optimismo. "Vamos ter um ano de grandes exigências, mas que será também um ano de viragem económica para o país, é aquilo em que o Governo e também eu próprio firmemente acreditamos", afirmou o chefe do executivo.
Já em Agosto desse mesmo ano a “viragem” passou a “inversão” agora para 2013. Durante a festa social-democrata do Pontal, o primeiro-ministro afirmava que, apesar de a recessão de 2012 estar a ser mais grave do que o esperado, 2013 iria ser um ano de "inversão" e de "preparação da recuperação" económica.
"Queremos construir uma sociedade mais próspera, mais desenvolvida. Nós queremos que o Produto Interno Português cresça e não que encolha como tem acontecido, no ano passado e este ano. E por isso quero reafirmar aos portugueses, se o ano que estamos a viver ainda é um ano de contracção da actividade, em que empresas estão a fechar portas e em que o desemprego não conseguiu ser contido, o ano de 2013 (...) será um ano de inversão na situação da actividade económica em Portugal", disse Passos Coelho.
Portugal entra em 2013 ainda em crise profunda, mas logo a 30 de Janeiro Passos Coelho vê nova viragem. Agora em 2014.
À margem da cerimónia de tomada de posse da nova direcção da Associação das Empresas de Vinho de Porto, o líder do executivo dizia que 2014 deveria ser o ano de “viragem económica” e que tudo estava a fazer para que Portugal regressasse ao crescimento económico.
Já em Maio desse ano, novamente durante um debate quinzenal no dia 24, voltava à viragem. Só que agora era crítica.
Questionado pelo líder parlamentar do CDS-PP, Passos defendeu que o país estava num "momento crítico de viragem" para criar condições de investimento e destacou o impacto que terão na economia o crédito extraordinário ao investimento, a "melhoria do regime contratual" e a criação do gabinete da autoridade tributária dirigido aos investidores internacionais.
Já a 28 de Junho, em declarações aos jornalistas em Bruxelas, o primeiro-ministro afirmou novamente que "a recessão está a abrandar" e que se assistirá a uma "viragem na tendência económica" até ao fim de 2013.
Segundo o Expresso, Passos Coelho assenta este optimismo nos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao primeiro trimestre, que indicam que o índice de produção industrial "rompe uma tendência de queda" pela primeira vez desde 2011 e que, no mesmo período, a evolução da economia está "muito perto" da média europeia e que esta tendência será "ainda melhor" no segundo trimestre.
Chegou 2014, e nesta quinta-feira, a quase dois meses do final do ano, voltou a viragem. Agora para 2015. Já falta pouco.
Capa do "Público"
Sexta-feira, 31 de Outubro de 2014
Pais responsáveis por 45% dos casos de maus tratos a crianças até seis anos
Apenas 55 câmaras vão poder aumentar gastos com pessoal
Suécia reconhece Palestina com nova Intifada no horizonte
Leia em http://publico.pt/
Pais responsáveis por 45% dos casos de maus tratos a crianças até seis anos
Apenas 55 câmaras vão poder aumentar gastos com pessoal
Suécia reconhece Palestina com nova Intifada no horizonte
Leia em http://publico.pt/
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
OFEREÇO-VOS, COM CARINHO, UM POEMA EM PROSA DE MINHA FILHA, POETISA SUSANA DUARTE, CUJO BLOG é http// terradencanto.blogspot.pt
TEXTO POÉTICO, EM PROSA, DE MINHA FILHA, a poetisa Susana Duarte
-Foram dez, os lugares do amor…-pensou ela.
A estação dos comboios foi, de todos, o primeiro e, de todos, o derradeiro. As portas do ocidente abriram-se-lhe, olhos postos no sorriso que anteviu e no encontro que –temia- poderia nunca acontecer. O encontro, afinal, aconteceu, e teceu-se com as mãos que anteciparam os beijos, as madrugadas claras, e o suor dos corpos reencontrados.
Refém de si mesmo, e dos cabelos negros que abraçava, ele libertava anos de procura, ao mesmo tempo que, dos seus olhos, saíam névoas preocupadas: tudo mudara e, no entanto, tudo tinha, ainda, que mudar.
- Este é o segundo dos lugares do amor…-pensava ele, mãos dadas sobre o leito, sorrisos postos no futuro que antevia.
A vida acontece inesperadamente. Confronta. Exige respostas e capacidade de ajustamento. Acontece. Ao acontecer, traz consigo o cheiro de todas as infâncias, o eco de todos os receios, e a inevitabilidade das decisões. Ele intui que, a partir dali, outros serão os lugares do amor. E sabe que, a partir daquele encontro, tudo mudou e, no entanto, tudo terá, ainda, que mudar.
Os dias sucedem-se, e os lugares do amor são vividos com a respiração ofegante de quem quer viver a vida toda nos dias que lhe são dados, um de cada vez, hora a hora, segundo a segundo. E, inevitavelmente, acabam.
O rio, navegante incansável, escorre ali mesmo, entre as margens que o delimitam e são, simultaneamente, todas as suas possibilidades de progresso e caminho. O rio foi o nono lugar do amor. Sobre ele, fluíram marés originadas por aquele encontro. O mundo tinha mudado a lógica das coisas. A inevitabilidade do encontro, também mudara tudo o que conheciam. Os corpos transpiraram marés, por sobre o fluir do rio, e por sobre o fluir daquelas duas vidas.
-Este deveria ser, apenas, um dos lugares do amor-pensavam eles-, mas o derradeiro será aquele que apartará os corpos.
Se sonharam, nessa noite, sonharam com as flores colhidas, após as sementes deixadas na terra, numa sucessão de estações que viveriam juntos. Sonharam, talvez, com as noites, e os dias, e o devir. Sonharam, talvez, que tudo o que ainda tinha que mudar, já estivesse mudado, portas abertas, a ocidente, para todos os lugares do amor. Sonhar os luares do amor era a única forma de não ficar só. a solidão da separação, após ter tocado o amor, é escura, e fria, e dolorosa, e inevitável e, aparentemente, eterna. Escrever a vida, trilhando caminhos sem dar as mãos, depois de conhecer os lugares do amor, é aprender a caminhar numa noite longa e fria. Acordar, pois, é antever a ferida aberta no íntimo do corpo, e descobrir o frio na aparente invencibilidade com que se acorda em cada dia.
Ele, e a metade de si, separar-se-ão naquele que foi o primeiro-e será o derradeiro-lugar do amor, aquele onde se olharam nos olhos e deixaram as lágrimas soltar a noite de chuva que viveram, dias antes, os dois, de mão dada a enfrentar as intempéries-todas-, que acreditaram poder vencer.
Ficarão ligados, para sempre, aos dez lugares do amor. Abraçar-se-ão em cada sonho, em cada recanto de cada palavra. Saberão da inevitabilidade do reencontro. Até lá, reaprenderão a vida, e a morte, e a saudade, e o amor, e a ternura, e a ausência, em cada primavera antecipada, em cada estação que, todavia, os separar ainda.
- O décimo-primeiro lugar do amor, terá que ser aquele onde perdemos as mãos, porque o outro as levou consigo- pensou ela.
Ao mesmo tempo, ele pensava que as mãos que deixou, voltarão a si, no momento em que devolver aquelas que, consigo, em si, levou. Porque sabe, desde já, que se encontrarão no abraço, aquele que será dado no décimo-primeiro, talvez último, lugar do amor.
Susana Duarte
-Foram dez, os lugares do amor…-pensou ela.
A estação dos comboios foi, de todos, o primeiro e, de todos, o derradeiro. As portas do ocidente abriram-se-lhe, olhos postos no sorriso que anteviu e no encontro que –temia- poderia nunca acontecer. O encontro, afinal, aconteceu, e teceu-se com as mãos que anteciparam os beijos, as madrugadas claras, e o suor dos corpos reencontrados.
Refém de si mesmo, e dos cabelos negros que abraçava, ele libertava anos de procura, ao mesmo tempo que, dos seus olhos, saíam névoas preocupadas: tudo mudara e, no entanto, tudo tinha, ainda, que mudar.
- Este é o segundo dos lugares do amor…-pensava ele, mãos dadas sobre o leito, sorrisos postos no futuro que antevia.
A vida acontece inesperadamente. Confronta. Exige respostas e capacidade de ajustamento. Acontece. Ao acontecer, traz consigo o cheiro de todas as infâncias, o eco de todos os receios, e a inevitabilidade das decisões. Ele intui que, a partir dali, outros serão os lugares do amor. E sabe que, a partir daquele encontro, tudo mudou e, no entanto, tudo terá, ainda, que mudar.
Os dias sucedem-se, e os lugares do amor são vividos com a respiração ofegante de quem quer viver a vida toda nos dias que lhe são dados, um de cada vez, hora a hora, segundo a segundo. E, inevitavelmente, acabam.
O rio, navegante incansável, escorre ali mesmo, entre as margens que o delimitam e são, simultaneamente, todas as suas possibilidades de progresso e caminho. O rio foi o nono lugar do amor. Sobre ele, fluíram marés originadas por aquele encontro. O mundo tinha mudado a lógica das coisas. A inevitabilidade do encontro, também mudara tudo o que conheciam. Os corpos transpiraram marés, por sobre o fluir do rio, e por sobre o fluir daquelas duas vidas.
-Este deveria ser, apenas, um dos lugares do amor-pensavam eles-, mas o derradeiro será aquele que apartará os corpos.
Se sonharam, nessa noite, sonharam com as flores colhidas, após as sementes deixadas na terra, numa sucessão de estações que viveriam juntos. Sonharam, talvez, com as noites, e os dias, e o devir. Sonharam, talvez, que tudo o que ainda tinha que mudar, já estivesse mudado, portas abertas, a ocidente, para todos os lugares do amor. Sonhar os luares do amor era a única forma de não ficar só. a solidão da separação, após ter tocado o amor, é escura, e fria, e dolorosa, e inevitável e, aparentemente, eterna. Escrever a vida, trilhando caminhos sem dar as mãos, depois de conhecer os lugares do amor, é aprender a caminhar numa noite longa e fria. Acordar, pois, é antever a ferida aberta no íntimo do corpo, e descobrir o frio na aparente invencibilidade com que se acorda em cada dia.
Ele, e a metade de si, separar-se-ão naquele que foi o primeiro-e será o derradeiro-lugar do amor, aquele onde se olharam nos olhos e deixaram as lágrimas soltar a noite de chuva que viveram, dias antes, os dois, de mão dada a enfrentar as intempéries-todas-, que acreditaram poder vencer.
Ficarão ligados, para sempre, aos dez lugares do amor. Abraçar-se-ão em cada sonho, em cada recanto de cada palavra. Saberão da inevitabilidade do reencontro. Até lá, reaprenderão a vida, e a morte, e a saudade, e o amor, e a ternura, e a ausência, em cada primavera antecipada, em cada estação que, todavia, os separar ainda.
- O décimo-primeiro lugar do amor, terá que ser aquele onde perdemos as mãos, porque o outro as levou consigo- pensou ela.
Ao mesmo tempo, ele pensava que as mãos que deixou, voltarão a si, no momento em que devolver aquelas que, consigo, em si, levou. Porque sabe, desde já, que se encontrarão no abraço, aquele que será dado no décimo-primeiro, talvez último, lugar do amor.
Susana Duarte
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