quarta-feira, 5 de agosto de 2009

COMO VEJO O TEMA "MÉDIO-ORIENTE"




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COMO VEJO O TEMA D O MÉDIO-ORIENTE
Duas notícias publicadas, hoje, no Jornal “PÚBLICO”, chamaram a minha atenção, porque tocam num tema que mexe com a minha sensibilidade.
Uma, na página 12, da autoria de Ana Fonseca Pereira, diz que MAHMOUD ABBAS garante querer continuar o diálogo com Israel, “enquanto houver uma réstia de esperança”, mas que a “resistência” contra o estado judaico vai ter que continuar activa, em nome da segurança do povo palestiniano (digo eu!) Do mal…o menos, pois lá diz o nosso povo que a esperança deve ser a última a morrer!
Yasser Arafat morreu, há poucos anos e, daquilo que entendo do que leio e do que me é dado ver nas TVs, nunca mais ninguém se entendeu, naquela parte do mundo. Vai, dentro de pouco tempo, ter lugar um congresso, o primeiro depois da sua morte, onde, de acordo com palavras da senhora jornalista, o Presidente da Autoridade Palestiniana reafirmará que é a PAZ que move os líderes árabes, no confronto com as políticas de Israel. Líderes que, à partida, estão divididos entre si por motivos de ânsia de poder, de casos de corrupção, de intrigas políticas, etc.
O mundo está cansado deste tipo de palavras, que não há maneira de darem frutos. E o drama das incompreensões continua…prevalecendo, há milhares de anos! Segundo a ideia dos árabes, a palavra certa é sempre RESISTIR. E Israel sabe disso…pelo que, naturalmente, como qualquer guerreiro que se preze, está sempre “em pé”.Em qualquer reunião entre os dois povos está, penso eu, presente, o fantasma da reiteração contínua, por parte da comunidade árabe, da destruição do Estado de Israel.
NOTA.ESTE TEMA NÃO PRETENDE SER ESPECULATIVO, NEM FERIR SUSCEPTIBILIDADES! RESPEITO DEMASIADO OS MEUS AMIGOS E A PAZ DO MUNDO, PARA PÔR” BRASAS EM QUALQUER FOGUEIRA”. PRETENDO SÓ QUE, QUEM SABE MAIS DO QUE EU,SE QUISER, ME ELUCIDE!
Pessoalmente, tenho dificuldade em entender por que é que os dois povos não podem ter, cada um, a sua PÁTRIA. Admiro o povo judaico que, em 60 anos de existência conseguiu que”as pérolas de orvalho” do deserto dessem vida a alimentos e outros bens, que correm este mundo globalizado. Admiro o povo palestiniano na sua permanente luta por uma PÁTRIA!
Sou contra as loucuras verbais de AHMADINEJAD, no seu ódio contra o povo judaico; e esperemos, para bem do mundo, que sejam apenas verbais, essas loucuras…
Na página 30 do “PÚBLICO”, na rubrica “CARTAS AO DIRECTOR”, um membro do COMITÉ de SOLIDARIEDADE COM A PALESTINA, ZIYAAD LUNAT, dá algumas explicações sobre o aproveitamento que se pretende fazer, a respeito do anunciado concerto de LEONARD COHEN, em ISRAEL. COHEN, que se sabe ser de religião budista é, apesar de tudo, oriundo de família judaica. Não pretendo comentar o artigo e a opinião deste leitor do “PÚBLICO”, pois sou …”ninguém” para o fazer. Só sei que a música é uma arte e uma linguagem universais, que deve ajudar às, comunicação e inter-acção mundiais, fora de contextos inoportunos, por conseguinte.
Advogo, portanto, que COHEN possa e deva cantar, hoje, em Israel e amanhã, na Palestina. A arte que exala da sua voz e dos seus temas é universal e, OXALÁ, possamos, tão depressa quanto possível, cantar em CORO “HALLELUYAH”!

15 comentários:

  1. Maria

    Como sabe, este tema diz-me muito, e é com tristeza infinita que escrevo ou falo dele.
    O que muitos sabem ou julgam saber desta temática é aquilo que diz a Comunicação Social. Infelizmente. É muito mais que isso, muito e tão mais que isso... Estamos muito perto de uma enorme tragédia. Mas poucos disso sabem.
    Não acredite em tudo o que lê...

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  2. Aplaudo, primeiro, a coragem de abordar um tema desconfortável; em segundo,a escolha musical; em terceiro, a via conciliadora.
    Bill Clinton foi um desses admiráveis homens que lutaram pela via das "duas nações, duas pátrias", com resultados que apontavam num bom sentido até que as negociações foram interrompidas pelos extermismos de parte a parte.
    Beijo amigo, com desejos de que um dia cantemos, efectivamente, o hino que postaste.

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  3. Eh eh eh com que então a Susana foi descoberta ?!!!
    Aparecia pelo "Namorado" muito discretamente, "como nao quer a coisa", lol
    Com um gosto tão requintado, só poderia ser filha de quem é :-)
    Olha que bem...qualquer dia ainda me aparece por aí um gajo careca a falar-me de Futebol, lol.

    Grande Post, Maria!
    Tenho de me debruçar sobre isto porque um texto destes merece um comentario á sua altura...

    Um beijoca para as duas

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  4. Maria,
    Que bom seria que que não houvessem barreiras entre os povos e que, em elos, todos se unissem, sem distinção de raça, cor, religião, credo, sexo... "Imagine there's no countries, It isn't hard to do
    Nothing to kill or die for,
    No religion too,
    Imagine all the people
    living life in peace...", como idealizava John Lenon. Sempre penso que esse querer não é quimera e que um dia poderá haver paz no mundo.
    Beijos.

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  5. Maria, não sei em qual parte da história nos perdemos ou, onde estávamos quando alguém tentou nos explicar aquilo que não há explicação.
    Há quanto tempo o Homem vem guerriando, usurpando, ditando, oprimindo, invadindo, como vermes, sem pensamentos em nome de crenças e visões políticas alienadas... em nome de uma GUERRA pela PAZ, uma paz que gira em torno de comércios.
    Beijos, amiga!
    Choremos à procura de compaixão.
    Hoje somos gotas em oceanos, mas um dia seremos o mel a invadir o amargor do sal.

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  6. Maria

    eu não sou a pessoa mais acertada para comentar a sua posta, porque não sou imparcial. Mas mesmo assim atrevo-me focar alguns pontos, fazendo antes uma pequena declaração de interesses: sou pelos dois estados, pelo judaísmo secular e pela líder da Oposição, Tzipi Livni.

    - Sobre o congresso da Fatah, não lhe fiz referencia no meu blogue, pelo simples motivo que não sabemos o que realmente lá é debatido. Há um discurso para fora, como esse que leu no PÚBLICO, e outro para dentro, para a rua àrabe, que normalmente é muito bélico.

    - Sobre a criação de um estado palestiniano, considero essa pretensão muito justa, mas não concordo com a corrente dominante, de que esse Estado não existe por culpa eclusiva de Israel. Na minha opinião, as lideranças palestinianas nunca trataram desse assunto com competência e no interesse do povo palestiniano. Ao longo de anos, em vez de se focarem na construção do seu país, focaram-se na destruição e substituição do país vizinho. Isso contribuiu, em muito, para a actual situação e tem dado muitos pretextos a quem em Israel não quer dar aos palestinianos um estado. Há portanto uma responsabilidade dos dois lados.

    - Sobre o suposto Comité de Solidariedade com a Palestina, não escrevo porque não a conheço. Mas se for como as outras organizações que costumam viver deste conflito, será mais uma que o usa para atacar os EUA e o capitalismo, debaixo do véu da luta dos palestinianos.

    Abraço :)

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  7. Muito grata, Levy, pela sinceridade da resposta. Eu também não sou imparcial, se bem depreendeu e a minha mensagem é subliminar...
    Mas custa aceitar a guerra e o sofimento dos pobres ,dos velhos e de todos, em geral... Será que ,alguma vez, o diálogo é possível?
    Abraço muito sentido

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  8. Malu, está provado que o ser humano é imperfeito...Mas seria tão bom esperar que o mundo vivesse em paz...
    Beijo desta amiga

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  9. "IMAGINE...all people living in peace and brotherwood..." Só de imaginar. o pensamento já corre atrás da felicidade, Mª Lúcia

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  10. Cirrus: eu percebi que o tema lhe é doloroso...
    Esper ,no entanto, que a paz não continue a ser a utopia , para não irmos acabar numa qualquer guilhotina!
    BEIJO AMIGO

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  11. Maria, prometi ontem voltar a este artigo e já cá estive três vezes, mas chego agora à conclusão que é melhor não me pronunciar.
    Seria impossível comentá-lo sem deixar transparecer a opinião muito pessoal que tenho sobre Israel, a Faixa de Gaza e esse conflito que mais não é do que uma mancha negra na sociedade internacional.
    Não quero ferir susceptibilidades, por isso limito-me a dar-lhe os parabéns pela coragem e a deixar-lhe aqui um beijo terno , com a amizade que me merece.

    Francisco

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  12. Francisco:com os problemas que hoje afectaram a net, não pude ainda responder ao teu desabafo. Meu amigo, ninguém é obrigado a comentar, o que está longe da sua sensibilidade. Aquilo que expus no post sobre o Médio-Oriente, veio nos jornais e suscitou-me uma reflexão, que eu quis ,voluntariamente, partilhar, no meu blog. A menos que me cortem o pensamento, continuarei a discorrer sobre os males da Humanidade ,em que me insiro! Como grande parte da humanidade, não tenho possibilidade de acabar com o sofrimento naquela parte do mundo...respeito e admiro quem se esforce por fazê-lo, mas sei que não é fácil. Lírica? Sei que sim! Até porque nós, bocadito da Península Ibérica, fomos , em tempos, ocupados por Vândalos, Suevos, Alanos, Fenícios, Gregos ,Cartagineses, Celtas ,Iberos e Celtiberos; vivemos mais de 300 anos com a civilização árabe; mais de 600 anos com os romanos e vivemos, desde tempos imemoriais ,em paralelo com a comunidade judaica! SOU uma tal mistura de genes, que só posso desejar a Paz!
    Um beijo amigo de lusibero

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  13. "SOU uma tal mistura de genes, que só posso desejar a Paz!"

    Pois, somos dois, amiga!

    Outro beijo para si

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  14. Maria, é um problema sobre o qual tenho uma opinião muito vincada. Não é preciso ir muito longe, basta abrir o meu blog. Ele fala por si, não necessito de entrar em discussões aqui.

    Mas se tiver tempo, gostava que visse o vídeo que lá tenho em exposição. Atente bem nos últimos segundos. Depois diga o que lhe aprouver.

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  15. Creio que, em abono da verdade, nenhum de nós é completamente imparcial nesta questão.
    A nossa herança, a nossa matriz é diversa e multicultural; cabem em nós muitos povos, de facto. É inegável a herança de uma moral judaico-cristã em que assentam muitos dos nossos valores. E é igualmente inegável o direito do Povo Palestiniano a uma Pátria.

    Entre estes dois mundos...a solução ideal seria cada um dos povos abdicar de algo, para chegar à via das duas Pátrias. Abdicar do excesso de autoritarismo e exercício do poder, de um lado; abdicar dos extremismos nefastos, do outro. Algum dia acontecerá?

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