quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

POEMA: ABRAÇA-ME (2)






 ABRAÇA-ME (2)

Surgiste como furacão,
Empurrado pelo vento,
Em fragmentos do céu
Feridos por um trovão.
Esse momento único foi tão rápido e veloz
como a força da tempestade
que se espalhou pelo céu.
Senti que a felicidade não tocou meu coração
Pois o relâmpago estrepitoso feriu belas estrelas
Que se passeavam serenas
perante meus ternos olhos.
Logo me deste a protecção dos teus braços e eu pedi
para neles demorar a receber teus beijos,
nesse crepitar de vida,
que me correu pelas veias.
Essa música suave
soou aos meus ouvidos,
num divino aroma
que se dispersa pelas almas
que se afagam,
quando se encontram.
Abraça-me...assim...como se a noite fosse acabar nos raios de luar
e te levasse a passear,
por entre florestas iluminadas,
estrelas calmas e sossegadas,
rios a correrem para o berço-mar...
Beija-me como se o mundo fosse acabar e nada houvesse para nos conter.
Percorre meu corpo quente numa chama de relâmpago
que se não pode perder...
Deixa-me empalidecer de amor
até que a loucura escorra pela parede
que nos vai ver adormecer.
Enche toda a casa de amor,
como se fossem flores vermelhas,pujantes,
que eu ponho nos vasos para durar...
©Maria Elisa Ribeiro
Julho/2021

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