POEMA
OUTRA-ILHA-dos-AMORES
Diferente foi o dia que ficou por contar…
…que viveu o Ontem do Hoje,
e meus dedos tristes não vêem o que sentem,
quando tudo querem escrever.
Insistentes, tacteiam o papel, à procura
da verdade dos sentidos
em que te quero viver.
Minh’alma, do lado de Lá do teu sorriso, sente o frio do mar distante, que promete fazer chegar ondas do rubro horizonte, para me afagarem a fronte fixa num ponto ondulante.
Na consciência, está a poesia onde cabe a desilusão da alegria…
…o sorrir amargo da ilusão…
…a agonia do dia em que o papel não reconhece
as palavras que me tacteiam e que são apenas de amor.
As estrelas, luz genital do espaço, procriam com outros corpos celestes e geram claridades num firmamento ideal. Nas noites dos dias em que se possa tentar responder ao pensamento, ouvir-se-ão os sons de uma montanha de emoções…
… carregada de manhãs de orvalho
…que entram em todos os atalhos das ilusões das flores.
Os caules entorpecidos absorverão as palavras não-escritas, que são o código genético do poema onde te beijo a Alma a saber a raízes despertas,
a desertos de longínquos calores,
a mares sobressaltados de sorrisos
das ondas, numa Outra Ilha-dos-Amores.
Para Além do teu sorriso,
só contarei, DEPOIS,
a noite-do-dia que ficou por revelar…
Maria Elisa Ribeiro-DEZ/015
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