segunda-feira, 19 de julho de 2021

POEMA








 

GALÁXIAS

 

 

 

São vagas as promessas, as que espero  e as com que não conto.

No azul do mar,tão longe, tão longe, há sempre um corpo celeste

Pronto a declamar o firmamento risonho, onde ele vive a sonhar.

 

O eco da sua luz faz esquecer promessas vagas de outras luzes

(Mirabolantes algumas)

Pelo que dói acreditar em promessas tão vagas

como as luzes das estrelas e de todos os astros da Galáxia,

em noite de nevoeiro.

 

 É tão promissor o seu fulgor, que caminho nem sei por onde...

 

Talvez faça como Cesário

 e deambule por aí no meio de meias promessas,

a registar ruas e vielas dos ruídos das avenidas

 viradas para as bolhas dos oceanos.

 

As luzes astrais são eternas...

                                               EU? Nem tanto...

                                                           NADA, verdadeiramente!

 

Quantas vielas empedradas tenho para deambular?

Nas mãos vazias, aquela luz que me guia apenas  até aos teus segredos,

dos dias esquecidos no meu DENTRO.

Das estrelas recebi o primeiro beijo de fogo, com o qual queimei a boca...

A verdade também é  que foi delas

 que recebi e abracei um molho de estímulos,

para os fogos que se seguiriam, depois do acto de Criação.

 

O rumor das breves sombras verdes como o vento

 que veste as despudoradas manhãs,

apenas me ensina a romper pelo DIA-CLARO,

este Dia que é VIDA num calendário onde sorriem todas as páginas iguais

da minha Solidão,

sob um céu de Infância já tão afastado de nós!

 

 

 

Maria Elisa Ribeiro

DIREITOS RESERVADOS(©)

Maio/021

 

 

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