quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

 





BREVES

 

Na ampla solidão da vida

meus dedos movem -se

a escrever a minha epopeia emparedada

no coração,

brusco som que ressoa

quando o mar bate numa penedia.

 

Com um nó na garganta ,

desejaria que se abrisse o areal ao meio,

para libertar notas abafadas

que seguro,

ao escondê-las,

dentro do peito,

imperfeito esconderijo

das sinfonias não cantadas...

 

 

Maria Elisa Ribeiro

MRÇ/017

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