TRISTEZAS SALGADAS
Será possível que, nos mares que encontrámos,
as ondas tenham desaparecido dos lugares
por onde tão longe andámos?
Como vagas obesas , há mulheres prenhes de tristezas,
cheias de saudades e cobertas de areia
no areal das despedidas
lá para os lados de Belém...
...obesas de lágrimas...obesas de boas e más recordações...
...obesas de fome...e de falta de companhia.
Numa pouco usual questão,
nos tempos que então corriam,
gritavam no dia-a-dia:
“Senhor, meu Deus, que faço da minha vida”?
Nov/020
Maria Elisa Ribeiro
Sem comentários:
Enviar um comentário