FELIZMENTE
Felizmente,
As horas prolongam-se
Pela poesia,
Que promete não acabar.
Felizmente,
Que a poesia
Permite que o corpo
Do poema
se confunda com o corpo amado.
Nada há que se compare à relação do poeta
Com o corpo vivo que o interpela...
Meu corpo-poema! Meu poema-amante!
Meu estilo -feito-astros
Pedras preciosas
Tecidos roçagantes pelas orlas da Hora...
Cascata de belos sons...
De
esteiras,de cordas de estrelas
De corpos astrais e cometas astrais
De luzes de luar que encontro-no-seu-lugar-mesmo
-quando-me-desloco!
Felizmente,
Escrevo como forma de sentir a medida do Tempo,
na Hora cujo lugar nunca lhe desaparecerá...
©Maria Elisa Ribeiro
Abl/021
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