terça-feira, 21 de setembro de 2021






 POEMA

longa
louca noite dos alvoroços brutais
que te apressas a possuir os mundos
em que já ME-FOSTE-NOITE-ONTEM*
regressas-Me já hoje natural ,normal, mansa
ai noite que Me acordas os fantasmas
que Me soltam o medo
que Me despertas o Tempo de um Passado
velho de dor angústias e tormentas
que Me impedes o descanso de Existir-dormindo*
que silêncio Me trazes ao abrires a boca das estrelas luzentes
contentes
felizes e transbordantes?*
Longa noite dos ventos ululantes,
deita-te nas sombras de MIM-a-teu-lado
e sente como tenho o sangue gelado
Oh noite
que Me és eterna
_tão mais do que a escura morte*
Maria Elisa Ribeiro
JAN/019
Nota: há uma evolução na poesia deste Sujeito Poético. Sente-se a liberdade das estrofes e da melodia, do ritmo e um alargar da visão exterior para o mundo interior. O Poeta , por vezes, apercebe-se disso...Noto aqui e nos poemas de JAN/019, mais EGOTISMO POÉTICO, mais um falar do que sente e não tanto do que vê. Isso, é ROMANTISMO! O tema deste poema é dado por palavras de sons mais consonânticos que vocálicos. De notar: morte, ululantes, escura,descanso, dormindo, sangue, tormentas, etc.
Espero pelo juízo dos meus leitores.
Obrigada
Maria Elisa Ribeiro
Jan/019
A imagem pode conter: noite

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