domingo, 4 de abril de 2021

PAZ!

 50 anos depois da morte do pacifista americano MARTIN LUTHER KING, EIS A PARTE FINAL DO SEU DISCURSO "IHAVE a DREAM".(Pesquisa NET).

Era já rapariga, já adulta, já capaz de defender causas. Vi e ouvi o que a TV salazarista permitiu que fosse visto e/ou ouvido.
Sei que foi a partir da expressão "I have a dream", que eu também comecei a "ter sonhos".Os sonhos de então prendiam-se com as realidades do nosso pobre país. O Sonho de Martin Luther King era sobre uma América, onde todos os homens pudessem ser irmãos; uma nação onde todos pudessem viver, sem que a polícia e o KKK (Ku Klux Klan) tivessem o ódio que alardeavam pelos homens de raça negra.
O nosso sonho, o sonho dos portugueses era o de viverem sem fome, ter trabalho, apesar de pago a tostões, poderem dar outra vida aos filhos, ter o suficiente para viver com dignidade...
A LUTA CONTINUA, QUER CÁ, QUER NA AMÉRICA DE TRUMP.
...
"Tenho um sonho que algum dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado da sua crença. "Afirmamos que estas verdades são evidentes; que todos os homens foram criados iguais".
Esta frase é da autoria de Thomas Jefferson e se encontra na Declaração de Independência. Ao fazer esta citação, Martin Luther King pretende chamar a atenção para o fato de que a sociedade americana não estava a viver de acordo com essa afirmação e que muitas pessoas sofriam por causa da desigualdade e discriminação.
Tenho um sonho que algum dia nas montanhas rubras da Geórgia os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos donos de escravos poderão sentar-se à mesa da fraternidade.
Martin Luther King nasceu no Estado da Geórgia, que é bastante conhecido pelo solo vermelho (com argila), e onde existiam várias pessoas que possuiam escravos.
Tenho um sonho que algum dia o estado do Mississipi, um estado sufocado pelo calor da injustiça e opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Além de ser um estado muito quente no âmbito de temperatura, Martin Luther King faz uma associação com o calor da injustiça, porque naquela altura o Mississipi era um dos estados mais racistas.
Tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos viverão um dia em uma nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Tenho um sonho hoje.
Esta afirmação é provavelmente a mais famosa de todo o discurso. Martin Luther King teve quatro filhos: Yolanda, Dexter, Martin e Bernice. O sonho que é revelado neste discurso tinha em vista uma mudança na sociedade para o benefício das gerações futuras, onde estão incluídos os filhos do Martin Luther King.
Tenho um sonho que algum dia o estado de Alabama, onde existem racistas maldosos e onde os lábios do governador pronunciam palavras de interposição e nulificação, um dia lá no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas, como irmãos e irmãs. Tenho um sonho hoje.
O Governador do estado do Alabama na altura era George Wallace, um reconhecido encorajador da segregação entre raças e feroz opositor do movimento dos direitos civis.
Tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, todas as colinas e montanhas serão niveladas, os lugares acidentados se tornarão planos, e os lugares tortuosos serão endireitados, e a glória do Senhor será revelada, e todos os seres a verão, juntamente.
Martin Luther King era cristão, tendo sido pastor de uma Igreja Batista. Assim, este parte do seu discurso é baseada na passagem bíblica que se encontra em Isaías 40:4-5.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com a qual regresso ao sul. Com esta fé seremos capazes de extrair da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos transformar as dissonantes discórdias da nossa nação em uma linda sinfonia de irmandade. Com esta fé poderemos trabalhar juntos, orar juntos, lutar juntos, ir para a prisão juntos, defender a liberdade juntos, sabendo que algum dia seremos livres.
A fé, um tema muito importante na vida cristã é mencionado também neste discurso. Martin Luther King tinha convicção que mesmo no meio desta situação difícil, era possível ter esperança num futuro melhor, e que a fé poderia unir as pessoas e ajudá-las a conquistar a liberdade.
Esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado: "Meu país é teu, doce terra de liberdade, de ti eu canto. Terra onde morreram meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, de cada montanha que ressoe a liberdade".
Neste momento, o discursante menciona uma conhecida canção patriótica intitulada "My Country 'Tis of Thee" e que fala sobre ideais americanos como a liberdade. Martin Luther King quer dizer que os valores mencionados nessa canção ainda não era vividos na plenitude naquela sociedade.
E se a América for destinada a ser uma grande nação isto deve se tornar realidade. Que a liberdade ressoe nestes prodigiosos planaltos de New Hampshire. Que a liberdade ressoe nestas poderosas montanhas de New York. Que a liberdade ressoe nos elevados Alleghenies da Pensilvânia!
Que a liberdade ressoe nos nevados cumes das montanhas Rockies do Colorado!
Que a liberdade ressoe nas encostas curvas da Califórnia!
Não somente isso; que a liberdade ressoe na Montanha de Pedra da Geórgia!
Que a liberdade ressoe na Montanha Lookout do Tennessee!
Que a liberdade ressoe em cada colina e cada pequena elevação do Mississipi.
De cada lado da montanha, que a liberdade ressoe.
Martin Luther King continua usando a noção de "ressoar da liberdade" que faz parte da canção patriótica mencionada anteriormente. Neste momento, são mencionados vários elementos naturais dos Estados Unidos, expressando a importância de ver a liberdade a ser vivida em todo o país.
Quando isto acontecer, quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar em cada vila e cada aldeia, em cada estado e cada cidade, seremos capazes de apressar o dia quando todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, com certeza poderão dar as mãos e cantar nas palavras da antiga canção negra: "Finalmente livres! Finalmente livres! Louvado seja Deus, Todo-Poderoso, estamos livres, finalmente!"
O discurso termina com uma referência a uma canção tradicional negra que expressa a importância da liberdade para as pessoas de todas as classes, raças e religiões.
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Susana Duarte, Laura Duarte e 9 outras pessoas

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