"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
DOS ESTADOS UNIDOS
Jornalistas de topo arrasam versão oficial da morte de Bin Laden
Versão da morte de Osama bin Laden contada pelo governo norte-americano foi posta em causa por um jornalista de investigação em artigo pouco consensual. New York Times diz agora que pode ser verdade.
ReproduçãMUNDO INVESTIGAÇÃO
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Em causa está um artigo da autoria do veterano jornalista de investigação Seymor M. Hersh, publicado a 21 de maio de 2015 na London Review of Book. No texto, Hersh pôs em causa todos os dados facultados pelo executivo de Obama sobre a operação que levou à morte de Osama bin Laden, em 2011.
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De acordo com o artigo, o antigo líder da al-Qaeda pode não ter morrido como foi explicado e pode ter sido tudo combinado de antemão. Conforme foi noticiado na semana passada, o governo paquistanês sabia onde estava escondido Bin Laden e até que os americanos iam atacar.
Estas e outras implicações feitas pelo jornalista no seu trabalho foram imediatamente criticadas, primeiro pelos democratas, depois por outras publicações, como a Vox ou a CNN. O governo de Obama respondeu que a história estava “repleta de imprecisões e puras falsidades”, conforme cita o espanhol El Mundo.
No entanto, esta semana, vários jornalistas do The New York Times escrevem na revista de fim de semana da publicação a dizer que Hersh poderá ter razão. Entre eles conta-se um vencedor de um prémio Pullitzer (por trabalhos precisamente sobre Bin Laden e a CIA) e diretor-adjunto do Washington Post , Steve Coll.
Coll adianta que Hersh diz a verdade quando escreve que os Estados Unidos localizaram Osama bin Laden à conta de um antigo general paquistanês a quem pagaram 25 milhões de dólares (22 milhões de euros).
Jornalista que escreveu 'Black Hawk Down' posto em causa
Outra jornalista influente que dá o seu apoio no New York Times é Carlotta Gall (correspondente da publicação em questão no Afeganistão e no Paquistão durante 12 anos e que ganhou um Óscar, em 2008, por um documentário sobre os exercícios de tortura infligidas pelos EUA nesses países).
De acordo com a contribuição de Gall - opinião que, de resto, já tinha tornado pública num livro publicado pouco antes do artigo de Hersh –, o Paquistão mantinha Bin Laden numa espécie de prisão domiciliária em Abbotabad, onde foi morto pelos EUA no raide de 2011.
Mas existem mais informações que foram desmentidas: a credibilidade do jornalista Mark Bowden (autor do livro ‘Black Hawk Down’ que deu origem ao filme homónimo de Ridley Scott) é posta em causa em relação às fotografias do corpo de Bin Laden a ser enterrado no mar (dizem que o jornalista, na realidade, nunca viu tais fotos). Hersh diz mesmo que nunca existiram.PARTILHE ESTA NOTÍCIA COM OS SEUS AMIGOS
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