BREVES
Solidão perfumada
É a que os montes
Nos enviam com a força
Da polpa dos ventos,
No ar diluídos.
Solidão iluminada
É a que as estrelas
Difundem
Pela janela de vidro
Pintada de poeiras
A desabar sobre nós,
Pobres coitados.
A Hora que nos contempla
É um espelho impiedoso
Que passa
Tempos-a-fio
A dialogar connosco
Ouvindo os passos da Vida-
-a-Caminhar,
Inclemente e decidida.
Maria Elisa Ribeiro
Maio/015
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