sexta-feira, 12 de julho de 2024

POEMA: FATIA de VIDA

 Poema: Fatia de Vida

FATIA DE VIDA
Como ramo de árvore que se prende a outra árvore,
Enlaço-me a teu peito...
Tenho medo de cair. Seguro-me aos teus olhos, mais perto do coração
Onde pouso as minhas mãos.
Oiço o teu arfar faminto e
deixo-me ficar suspensa desse teu VIVER-de-VIDA.
Sinto já saudades de não estar aqui DEPOIS!
Vejo-me ave no ninho,posta aqui neste raminho
Que é teu corpo dormente.
Saem-me da boca palavras
que tu não ouves mas que bem entendes.
Alongo-me a teu jeito e sou algodão -em-rama
que assim te cai no peito.
Lá fora chove mas eu vivo o meu-cá-Dentro.
É então que invado as margens das tuas ravinas
onde o suor escorregadio do amor planta gotas de MIM
que absorves cobiçoso numa dança sem fim!
O sol, a pino...
As aves a recolher...
As matas a escurecer...
e tu vives nosso amor no reflexo doirado
de mim, ser apaixonado.
Ao longe sentem-se os raios de luz de uma nova aurora.
Batem nos cortinados
sem saberem a alegria de acordar
desta Vida Plena...
Dorme, senhor meu,
que o mar turbulento
ainda não te deixa acordar.
Maria Elisa Ribeiro-PORTUGAL
TEXTO REGISTADO
©FEV/2023
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