sexta-feira, 26 de julho de 2024

POEMA

 Poema:

LOUCURA
um céu aberto aos raios de luz ciciou
verdades escondidas nas dobras dos livros,
guardados no pó das bibliotecas.
soltaram-se letras dos versos de um poema.
um poeta transpunha a entrada da catedral.
estendeu a mão e guardou, na ponta dos dedos, esse tesouro-a-voar -para -cair-no-chão.
chamaram-lhe louco!
a loucura riu-se …ajudou o poeta a compor um poema…deu-lhe as notas para a sinfonia imortal , que faria vibrar as colunas da catedral…
o poema refez-se e uma música universal exultou numa pauta de luz e sons, num anoitecer em que o mundo foi mensagem primordial.
a loucura inconsciente fugiu pelas pedras da calçada enevoada, habitualmente pisada pela ignorância consciente.
um velho sino tocou ao ouvir o poema ,que a Loucura ornou de lexemas…
flores de tessituras de ansiados temas, vivem alojados na ideia-tema.
doeu…esta pedrada no charco!
o vento viu, ouviu e parou-ao-passar por uma cicatriz de luz…
Maria Elisa Ribeiro /2014
Foto Google
Pode ser uma ilustração

Sem comentários:

Enviar um comentário