segunda-feira, 10 de julho de 2023

José Mattoso

 



José Mattoso

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José Mattoso
Nascimento22 de janeiro de 1933 (90 anos)
LeiriaPortugal
Morte8 de julho de 2023
Torres Vedras
CidadaniaPortugal
Alma mater
Ocupaçãohistoriador, medievalista, professor universitário
PrémiosPrémio P.E.N. Clube Português de Ensaio (1986)

Prémio Pessoa (1987)
Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes (2019)

EmpregadorUniversidade Nova de LisboaUniversidade de Lisboa
Género literárioHistória
Obras destacadasHistória de Portugal

José João da Conceição Gonçalves Mattoso GOSE (Leiria22 de janeiro de 1933 – 8 de julho de 2023[1]) foi um historiador medievista e professor universitário português.

Biografia

Filho do professor do ensino liceal António Gonçalves Mattoso, sobrinho-neto de D. José Alves MattosoBispo da Guarda, e sobrinho do pintor Lino António, José Mattoso nasceu em Leiria. Estudou no Liceu Nacional de Leiria, após o que ingressou na vida religiosa. Durante 20 anos foi monge da Ordem de São Bento, vivendo na Abadia de Singeverga (Portugal), em Lovaina, na Bélgica, e usando o nome de Frei José de Santa Escolástica Mattoso.

No mesmo período em que foi monge, no Mosteiro de São Bento de Singeverga, Mattoso licenciou-se em História, na Faculdade de Letras da Universidade Católica de Lovaina, e doutorou-se em História Medieval, pela mesma universidade, com a tese Le Monachisme ibérique et Cluny: les monastères du diocèse de Porto de l'an mille à 1200; o último dos títulos em 1966.[2] Só em 1970 retornou à vida laica,[3] iniciando uma carreira académica.

Foi investigador no Centro de Estudos Históricos (Lisboa), integrado no Instituto de Alta Cultura, e no período subsequente a 1972 foi admitido como professor auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Posteriormente, em 1979, tornar-se-ia professor catedrático na recém-criada Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Exerceu ainda as funções de presidente do Instituto Português de Arquivos, de 1988 a 1990, e foi o 8.° diretor da Torre do Tombo, entre 1996 e 1998.

Viveu também em Timor-Leste, colaborando na recuperação do Arquivo Nacional e no Arquivo da Resistência, e leccionando no Seminário Maior de Díli.

Autor de uma extensa bibliografia, é especialista na História Medieval portuguesa, destacando-se as suas obras Ricos-Homens, Infanções e CavaleirosFragmentos de Uma Composição MedievalO reino dos mortos na Idade Média e Identificação de Um País. Ensaio sobre as Origens de Portugal (1096-1325) (vol. I - Oposição; vol. II - Composição), sucessivamente premiada com o Prémio de História Medieval Alfredo Pimenta e o Prémio Ensaio do P.E.N. Clube Português. Dirigiu também uma edição de oito volumes da História de Portugal (1992-1994). Coordenou, com Mafalda Soares da Cunha, o projeto científico de inventariação do Património de Origem Portuguesa no Mundo, iniciado em 2007 e que foi publicado, em vários volumes, pela Fundação Calouste Gulbenkian.

Recebeu o Prémio Pessoa, em 1987, o Prémio Internacional de Genealogia Bohüs Szögyeny, em 1991, o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, a 10 de junho de 1992,[4] e o Troféu Latino, em 2007.

Desde maio de 2010 era Presidente do Conselho Científico das Ciências Sociais e Humanidades da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Aderiu ao Bloco de Esquerda no ano da fundação do partido, em 1999.[5][6] Nas eleições legislativas de 2015, foi mandatário nacional do LIVRE/Tempo de Avançar.[7]

Faleceu a 8 de julho de 2023, aos 90 anos.



Faleceu há 3 dias: Deixa saudades como Homem, Jornalista, Monge e Historiador.

Até qualquer dia, Homem Grande!





[1]

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