Já nem as
árvores sorriem...
espero-te
desde que como cavalo alado
correste no
dorso do vento e eu caminhei nas estradas da noite
que pareciam
ter mudado de lugar.
estranhos
pensamentos me entristeceram.
há fantasmas
de ti nos meus pensamentos desde que
atravessaste
as vielas do
vómito, sem conseguir que as árvores nuas de frio
sorrissem
para teu ânimo como Outrora ,quando me recebias.
olho meus
dedos e
vejo minhas mãos tornadas avenidas douradas da
cor do horizonte.
onde estão
os beijos que me prometeste na força do teu sangue azul
que se
perderam, certamente,
no vermelho dourado do fim do dia combinado?
tal como os
poemas que dedico à vida, que já nem sei por onde se perdem
espero que o
louco cavalo corra do seu
Longe te traga para o meu Perto
e nos una no
nosso céu Aberto!
e então
talvez te dê meu beijo sem que tenhas a
felicidade de sentir
os lábios
com que escrevo, falo e amo!
até lá fico
imóvel
fico em
clausura e
sinto um
sangue de loucura bater à porta reclamando o seu lugar.
As palavras
tocam-me mas tu não as
reconheces pois sem a alma
bem formada és uma pobre quimera uma desilusão ferida
nas asas de
uma ave cansada longe do dorso do
cavalo alado.
©Maria Elisa Ribeiro
FEV/2023
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