Maria Elisa Ribeiro- Portugal.
POEMA DE UM SOPRO
…a angústia permanece,
porque a luz da lua não consegue
romper os ares da noite
De um sopro
a noite dos tempos explode magma-cósmico
ao soprar a criação da vida…………………………………………………………………
...................e eu existo-antes-de-existir na confluência dos momentos da humanidade,
…………………perplexa ante as míticas explosões da matéria……………………………………
De um sopro
a música tardou milhões de anos a acalmar os elementos…
…deliciou-se com o ar dos ventos…
…sussurraram as ramas das agrestes florestas…
…sossegaram as fúrias das ondas dos altos mares
e eu adormeci na calma luta dos pianos ao lado de violinos
deitados em pautas soberanas………………………………………………………………
De um sopro
a escrita…
Vida do poeta lançada no amor do universo,
dentro da mensagem…
…controversa aragem do âmago,
desperta…
…odisseia de lexemas-nos-grafemas-dos-fonemas-signos…
…cósmica fissura das letras---------------imagem da paz truncada pelos vermes do TUDO/NADA!
De um sopro
respiro as partículas-que-sou…
Maria Elisa Ribeiro-Portugal
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