POEMA:
INCÓGNITA
Dantes, queria ser OUTRAS,
Tarefa difícil,
pois sinto que já tinha sido OUTRAS-EM-MIM.
*Sinto-me sempre, acima de tudo, a OUTRA do meu EU
longe do céu, na escrita onde Me Existo,
persistindo na interrogativa da Salvação.
*E persiste, porque a escrita é a VIDA revelada, no preciso
instante da verdade do poeta...
*Crescem vidas floridas no meu ENTRETANTO...
Voam águias indiferentes ao MEU-PRANTO-de-SER...
Correm águas numa eterna perdição...
Incham botões de rosa a lembrar a CRIAÇÃO...
*Não quero ser OUTRAS, não!
É tão rico o meu JARDIM, que não há inferno no MEU CÉU!
©Maria Elisa Ribeiro
MAIO/2023
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