UMA MANHÃ DIFERENTE
alvorada cedo
flores a rezar ao sol
das verdades do coração
embriagado de luz
um céu limpo e azul numa brisa quente
uma primavera a prometer às veias do SER
o sangue rubro de um próximo verão
o meu limitado espaço de mundo
inundado de aromas celestiais
cheira a uma penetrante
água-de-colónia
derramada na roupa de lã lavada
se ao menos eu pudesse interiorizar, absorvendo-os,
todos os odores
naturais dos atalhos florestais
meu sangue vibraria nos caminhos onde
o sol alegremente brilhou
abrindo-me novos portais
©Maria Elisa Ribeiro
2022
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