BREVES
Uma voz saída como um sussurro...
Um sopro quase sumido, mas firme,
Que me força a ouvir todas as palavras
versão poema.
O sopro é do vento que as empurra
sem respeito,
pelo mundo em que vivem.
Desequilibro-me ao olhar este mundo e logo
me endireito,
para assegurar a verdade do possível.
Seguro
É o pequeno rio que, tendo percebido o valor das palavras,
Lhes quer dar voz
Para as juntar ao mar
desde que houve
gente, por lá, a navegar.
Na memória dos livros de todas as letras,
Os muros inseguros encostados às palavras
Sabem que o poema não cairá, nunca!-pois
essa voz que não cai
e ouço , em sussurro, força-me
a um equilíbrio
nunca oscilante, sempre constante.
©Maria Elisa Ribeiro
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Maio/2022
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