POEMA DA SÉRIE : "DE UM SOPRO..."
DE UM SOPRO…
…em eternas planícies de calor
o sol implanta coros
desenfreados
de desarmonias vocais,
ao sugar as águas que não chegam mais--------------------
.terra fora, as gentes procuram uma escultura de humanidade
debaixo da nuvem cinzenta que promete fecundidade----------------------------------------
.numa melancolia tropical a sede procura patos para –nadar-vida.
.triunfa um silêncio sepulcral
de dor
no centro cosmogónico do ardor do sol------------------------
.falta a polifonia das valsas de Strauss
nas oscilações dinâmicas dos corpos-sede.
Homem-destino-trágico!
.sinfonia -sem-exultar-em-elegância-espiritual.
.guitarra desafinada, sem cordas, sem som, sem nada…
.chantagem emocional da “coisa séria” que foram
os intrincados momentos da explosão inicial…atribulada…
.pungente narrativa poética sem alma
na dialética- planície-deserto-calma!
Maria Elisa Ribeiro
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