segunda-feira, 2 de outubro de 2017

O QUE SE PASSA COM AS ÁGUAS DO RIO TEJO?????????????A ESPANHA ESTARÁ A RETÊ-LA?????????????


ÁGUA
Transvases ilegais ou especulação hídrica? O que se passa no Tejo?
LUÍSA PINTO 2 de Outubro de 2017, 13:59
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FotoFoz do Tejo DANIEL ROCHA
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Os alertas já vinham de trás, do início do mês de Agosto, quando o diário espanhol El Mundo noticiou que “o rio Tejo está a morrer” e que enfrentava uma das maiores secas dos últimos 20 anos. Alguns meses depois, o mesmo jornal publica outro aviso, feito ainda de incertezas, mas já com um nome: houve especulação hídrica junto das comunidades da cabeceira do rio Tejo ou transvases ilegais? Certo é que já houve demissões – e o presidente da Confederação Hidrográfica do Tejo acabou demitido. Faltará saber que impacto é que estas movimentações do outro lado da fronteira poderão ter no rio Tejo, sabendo-se que os ambientalistas em Portugal há muito alertam que só o facto de existir um transvase entre os sistemas hídricos do Tejo e de Segura é um facto negativo.
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A história é contada pelo El Mundo, que relata o transvase feito “às escondidas” de mais de dois hectómetros cúbicos de água no aqueduto Tejo-Segura a uma velocidade de dez metros cúbicos por segundo. Este aqueduto tem estado sem qualquer utilização desde Junho, por causa da já citada seca, pelo que foi notório o arranque da sua utilização, na sexta à noite.

O alerta foi dado pela Plataforma de Defesa do Tejo e de Alberche e aumentou de tom quando, no sábado de manhã, o volume do transvase já atingia os 20 metros cúbicos de água bombeada por segundo – “a capacidade máxima que permite aquele canal”, lê-se na reportagem. Foi só no sábado à noite que o sistema deixou de funcionar, de novo.

Com o nível de reserva das albufeiras da cabeceira do Tejo muito abaixo do que seria habitual – as albufeiras de Entrepeñas (Guadalajara) e de Buendía (Cuenca) estão a menos de 10% da capacidade, com apenas 235,5 hectómetros cúbicos – os transvases têm de ser geridos com parcimónia. Terá sido um acordo entre as Comunidades de Regantes de Madrid e da Comunidade de Regantes do Levante que permitiu a passagem de quase dois hectómetros cúbicos de água, num acordo que a Junta de Castilla-La Mancha se apressou a classificar como ilegal. A conselheira de Fomento desta região, Agustina García Élez, considerou que este transvase constitui “um ataque directo e realizado com aleivosia, com premeditação (...) por parte do Governo nacional e da Confederação do Tejo”. O Governo nacional, porém, e através do Ministério do Ambiente, limitou-se a dizer que a legislação estava a ser cumprida, nega a existência de um transvase, mas antes uma transacção, legal, entre particulares.

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