O que é o homem? vamos refletir e questionar sobre o provérbio "pau que nasce torto morre torto." É uma frase que não leva a consideração o ser histórico social e concreto, ligando e ser que nasce e o ser que morre, supondo que não pode haver transformação nesse homem. Então as experiências vividas, a cultura, classe social, grupo étnico, religião e outros não são significativas, não influenciam o ser que nasce. O homem é multideterminado sua vida real é um conjunto das condições materiais experenciadas, determinando seu desenvolvimento.
"As propriedades que fazem do homem um ser particular, que fazem deste animal um ser humano, são um suporte biológico específico, o trabalho e os instrumentos, a linguagem, as relações sociais e uma subjetividade caracterizada pela consciência e identidade, pelos sentimentos e emoções e pelo inconsciente" (BOCK, FURTADO, TEIXEIRA, Psicologias, Saraiva 2003)
Segundo Jean Piaget, coleção os Pensadores, p. 216, "A inteligência é a solução de um problema novo para o indivíduo, é a coordenação dos meios para atingir um certo fim, que não é acessível de maneira imediata; enquanto o pensamento é a inteligência interiorizada e se apoiando não mais sobre ação direta, mas sobre um simbolismo, sobre a evocação simbólica pela linguagem, pelas imagens mentais etc."
Ou seja, Piaget, afirma que somos seres pensantes, pensamos sobre o passado e projetamos o futuro.
"O homem não tem natureza, o homem tem história" (Ortega y Gasset. Apud Dante Moreira Leite, Psicologia diferencial, p.103). Foi o trabalho, a atividade, a ação do homem sobre o mundo real que possibilitou o surgimento da espécie humana como seres pensantes, e que proporcionou sua mudança de pensamento, ação no mundo e transformação.
"Uma aranha desempenha operações que se parecem com a de um tecelão, e a abelha envergonha muito arquiteto na construção de seu cortiço. Mas o que distingue o pior dos arquitetos da melhor das abelhas é que o arquiteto figura na mente sua construção antes de transformá-la em realidade. No fim do processo de trabalho aparece um resultado que já existia antes idealmente na imaginação do trabalhador. Ele não transforma apenas o material sobre o qual opera; ele imprime ao material o projeto que tinha conscientemente em mira".(KARL MARX, Apud H. Braverman. Trabalho e capital monopolista. P. 49).
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