DE UM SOPRO…
…silenciosamente, medito.
Só,
o pensamento cabe na medida das palavras não pronunciadas.
…o longe faz-se perto.
…as quedas d’água rumorejantes
grávidas de gotas das chuvas
enchem espaços longínquos-perto-dos-tão-afastados-distantes.
De um sopro,
agita-se o cérebro silencioso…
…revive, recorda, rememora…
.traz a infância nas asas do Tempo, como natural rajada de vento.
…a luz é luz.
. a treva é treva.
.o imenso é mistério
de autodescoberta
que não encontro.
. e eu não sei onde me coloco no ponto fulcral-de-mim
a perder-me-numa-fronteira-sem-fim .
De um sopro,
a chama torna-se cinza …
…a flor murcha…
…o mar impõe-se à areia que desliza…
a mente estala
e a palavra fossiliza
no poema-arte.
©Maria Elisa Ribeiro -Portugal
Direitos reservados
Sem comentários:
Enviar um comentário