DE LINHO BORDADO
Entraste no meu sonho…
E fizeste-o tão de mansinho, tão lentamente,
sob os raios da lua prateada…
A janela,
delicadamente,
afastou -se,
pôs-se de lado,
e mostrou-te
o meu lençol de linho bordado.
Interrompeste meu sonho…
E lá ficou o resto guardado no passado,
onde nada chegou a acontecer,
dentro do TUDO que estávamos a prever.
Como pedaço de nuvem pendurada
na memória da ilusão de uma inocência ameaçada,
uma fogueira arde no peito,
guardada
em faúlhas crepitantes,
desgarradas como pétalas de rosa queimada…
©Maria Elisa Ribeiro
Todos os direitos reservados
JNH/018
Sem comentários:
Enviar um comentário