terça-feira, 5 de dezembro de 2023

POEMA: VER-TE A ALVORECER

 






VER-TE A ALVORECER

 

 

*Não quero receber-te com os olhos enevoados.

Antes, procuro papoulas vivas, vermelhas e rumorosas,

Como a alegria que em mim se manifesta no alvorecer-de-te-ver.

 

As asas do vento são como as dos pássaros, que se estendem

Sobre os campos, até que  o escuro do crepúsculo se recolhe e desponte a alvorada,

Que nos tráz a madrugada que afasta todos os tédios.

 

*Um pintor com olhos de harmonioso azul-celeste, pega nas suas cores , nas

paletas e pincéis, e pinta as minhas papoulas rubras com a mesma destreza de outro autor...

(Como te pinto eu,no poema que cheira ao colorido das palavras de amor!)

 

 

*O céu é azul...Os ares estão limpos...Assim estão as águas do mar...

Mas todos os azuis se tornam brilhantes,

enganam-nos e resolvem conduzir-nos

a um falso Infinito!

 

*Lindo, lindo, é o campo de amendoeiras em flor onde não passam combóios;

mas, onde, na sua sombra, as donzelas dançam Cantigas de Amigo e de Amor

com ajuda dos dedos de um dotado Trovador.

 

E quando o azul do rio, há muito secou,pego com minhas mãos os restos de uma espuma de frases onde, adormecida, está minha ondulação de sentimentos

e recebo-te com a alegria de nossos antigos Momentos.

 

É ASSIM QUE TE ALVOREÇO!

 

 

©Maria Elisa Ribeiro

NOV/2022

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