RUMORES POÉTICOS
Está zangado, o vento.
Assobia mesmo dentro de mim.
Despe-me a imaginação e eu torno-me
Dona de nada, dona de ninguém-
-nem-mesmo-de-mim,
sem certeza de nada porque todas as certezas
são logo incertas, enfim.
Tenho a face contra o vento,
que é dono da minha face.
Dentro de mim, grito o desmaio das aguarelas
dos fulvos rubros poentes, que não pintam tempestades
filhas dos furores dos ventos,
nem vivem nas mesmas telas.
Estou só…tenho o vento na Poesia do grito das aves…
…no rebentar das flores….nas fontes a chorarem águas-mágoas
das nascentes,
que pariram gotas de gotas,
que foram andando em frente…
Maria Elisa Ribeiro
Agosto-015
Foto Google
Todas as reaçõe
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