terça-feira, 24 de outubro de 2023

Inácio de Loyola (Extracto da Wikipédia)

 





Superior Geral Jesuíta

Ignatius Loyola.

Em Roma, seu apostolado respondia às necessidades que eram impostas pela realidade vivida. Dedicava-se à catequese de crianças, fundou a Casa de Santa Marta, para acolher prostitutas e outra instituição para acolher donzelas pobres, dava assistência aos órfãos e trabalhava pela conversão dos judeus de Roma.

Em 1551 criou o Colégio Romano, que viria a ser a atual Pontifícia Universidade Gregoriana, de ensino gratuito, que, adotando o sistema parisiense, renovou o ensino na Itália. Com o advento do Papa Paulo IV, desfavorável a Inácio, a obra passou por dificuldades financeiras. Em prol do sustento do colégio, a própria ordem teve que passar por muitas privações econômicas, até que fosse mantida pelo Papa Gregório XIII, 25 anos após a morte do fundador (daí o nome Universidade Gregoriana).

A Companhia nascente passou por diversas adversidades. Não possuía nenhuma fonte de renda fixa e era mantida por doações. Além disto, o novo estilo de vida da ordem despertava suspeitas a ponto de a Universidade de Paris decretá-la perigosa para a fé. Inácio manteve-se firme diante de todas estas adversidades e trabalhou intensamente nas Constituições do grupo.

Inácio escreveu as Constituições Jesuítas, adoptadas em 1554, que criaram uma organização hierarquicamente rígida, enfatizando a absoluta auto-abnegação e a obediência ao Papa e aos superiores hierárquicos (perinde ac cadaver, "disciplinado como um cadáver", nas palavras de Inácio). Seu grande princípio tornou-se o lema dos jesuítas: Ad Majorem Dei Gloriam (pela maior glória de Deus).

Também em 1548, foram impressos os Exercícios espirituais, objecto de inspecção pela Inquisição romana, tendo sido, no entanto, autorizados.

Entre 1553 e 1555, Inácio ditou sua experiência espiritual ao Pe. Gonçalves da Câmara, considerada pelo Pe. Nadal o seu testamento espiritual. Este texto originou a chamada Autobiografia, que, após a morte do peregrino, teve algumas cópias manuscritas e uma tradução para o latim. Entretanto, Francisco de Borja, o terceiro provincial jesuíta, encarregou o Pe. Ribadeneira de escrever uma biografia oficial de Inácio e proibiu a leitura e divulgação do texto autobiográfico, por considerá-lo perigoso. Somente em 1929, este texto foi resgatado e publicado em várias línguas.[6]

Morreu em Roma em 31 de julho de 1556. Nesta data, os jesuítas eram aproximadamente 1 000, espalhados em 110 casas e 13 províncias. Eram 35 colégios em funcionamento e mais cinco aprovados.

Os jesuítas foram um grande factor do sucesso da Reforma Católica.

Em 2009, a Companhia de Jesus constituía-se na ordem religiosa masculina mais numerosa na Igreja Católica, com cerca de 18 500 membros, distribuídos por 127 países e cerca de 2 900 jesuítas em formação.[1]

Canonização

Foi canonizado a 12 de Março de 1622 pelo Papa Gregório XV. Festeja-se seu dia em 31 de Julho.

Sem comentários:

Enviar um comentário