domingo, 17 de janeiro de 2021

Poema meu

 

BREVES

 

O crepúsculo deixa para trás caudas douradas

avermelhadas, cor de sol-a-desaparecer no

fulgor do  verde das águas do mar revoltadas

A tarde-a-crepuscular é companheira da solidão

que se esconde por entre sombras dos fins de Verão.

A melancolia do cimo da falésia

 perde as consoantes

que se alapam às pedras imorredoiras das forças poéticas.

Alongo minhas mãos para as bolhas de água,

em sílabas de gotas à deriva,

 na espuma das mágoas.

No silêncio da escrita cresce a sombra da velha cascata

onde a água desliza,

inteligentemente,

numa pausa para o corpo da marítima nave              

a caminho de Orientes nunca imaginados.

 

 

©Maria Elisa Ribeiro

Dez/020


 


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