Poema:
JAMAIS-tudo…JAMAIS-nada
jamais terei sono na tua boca___ nos teus gestos___
nos teus membros ocultos pelas sombras das névoas_____
beberei da tua imagem a vigília de uma lâmpada
a guardar o sono-do-rio-sem-sono
nos patamares dos ventos-voadores-do-Tempo__
colocarei nebulosas da terra dentro das paredes
esquecidas na memória dos horizontes das casas sem luz
para que se possa ver-a-sentir a infância celular
perdida na distância milenar-dos-poentes-de-Mim
serão abstractos os teatros das cidades que não guardem
as palavras nas colunas-dos-tempos ____________
jamais pararei na convergência das estradas
que não interpretam as imagens das línguas colossais
capazes de levantar a voz do mar
no sonho de uma canção-a-desaparecer nos rasgos dos areais___
jamais-TUDO
jamais-NADA
o resto serão lexemas agrafados ao rumor dos sonos,
que procurarei nas névoas explicativas das órbitas-dos-dedos,
descansados como sol nascente-a-eclodir na alma dos rochedos____
Maria Elisa Ribeiro
ABRIL/015
Sem comentários:
Enviar um comentário