Poema:
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que se espelha nas tuas mãos
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Não existe mundo, fora deste momento-de-nós.
Tudo se cala e, silencioso, o tempo vai deixando para trás
uma ternura dentro de outra…e outra…e outra…
Nas palavras, há como que uma areia incómoda,
um cais onde inclinamos a face
de onde emerge a dor, como vento que não pára.
______ Por isso, nos olhamos, calados, imersos em nós. _______
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quero beijar-te distante dos campos enrugados,
por detrás da árvore de sombra
cujos cabelos se espelham ,na represa,
que fala a linguagem das nuvens.
Teu nome está desenhado nos espelhos da mente…
…comigo encostada ao braço
que me colocas sobre os ombros.
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_________________________e
Debruçada na janela da escuridão da noite,
pergunto-me o que haverá entre o silêncio crepuscular
e minha alma, aqui, neste lugar,
onde continuo a querer beijar-te.
Passam os Outonos…
Ao longe, num roseiral de espuma há
sempre dois barquitos que se cruzam…
um a partir, outro a chegar,
frente ao farol que ilumina as brumas.
____________________Só a luz me faz falta para poder olhar-te
____________________a querer-assim -tanto-beijar-te.
A vida lateja, distante, num outro lugar,
cujo nome não está escrito no espelho
___________________onde continuo a ver-te viver-nos...
Maria Elisa Ribeiro
Abril-014
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