"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
segunda-feira, 10 de julho de 2017
POEMA
NO MEIO DA VIDA...
De tudo o que vivemos, ficou o silêncio,
a encher de lágrimas o sal dos olhos.
O horizonte dourado, meio avermelhado, tem-me
na falésia, mesmo frente ao mar, a guardar as mãos
nos bolsos da vida.
Ondeiam as águas,
no mar de rumores silenciosos
do tempo das flores…
…dos nossos amores…
…das vagas sofridas
_________________dos nossos sentidos______________
E são horas sem fim pássaros que voam mas não até mim...
São pedras angulosas, que os tempos mantém
no cerne- de-um-sim…
Abre os olhos, meu amor!
Diz que não sou uma estátua perdida no meio da vida…
Diz que me vês, naquela falésia onde, sem falar, eu chamo por ti!
Sinto-me poema! Olho a paisagem! Tudo é uma miragem…
Penso o que vejo…não vejo o que sinto!
Maria Elisa Ribeiro -Portugal
Agosto/014
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