Governo nega que tenham sido discutidas sanções à Venezuela
Ministério dos Negócios Estrangeiros garante que Portugal não se opõe às sanções porque estas ainda nem sequer foram discutidas.
LILIANA BORGES 19 de Julho de 2017, 11:22
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FotoLUSA/ANTÓNIO COTRIM
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O Ministério dos Negócios Estrangeiros garantiu ao PÚBLICO que a aplicação de sanções à Venezuela não foi discutida na União Europeia. O gabinete de Augusto Santos Silva desmente a notícia avançada esta terça-feira pelo El País de que Portugal seria o único país da União Europeia a manifestar a intenção de votar contra sanções ao regime de Nicólas Maduro.
"Portugal tem participado activamente na formação do consenso necessário à definição da posição da União Europeia sobre a Venezuela, tal como resulta, designadamente, das conclusões aprovadas no Conselho de Negócios Estrangeiros de 15 de Maio", contextualiza o gabinete do ministro Augusto Santos Silva, em resposta ao PÚBLICO. "Conclusões essas nas quais Portugal se revê inteiramente", sublinha, afastando um cenário de isolamento de Lisboa em relação à crise em Caracas.
"A UE, e com ela Portugal, têm feito tudo o que está ao seu alcance para favorecer uma solução política inclusiva na Venezuela, respeitadora do Estado de Direito, do pluralismo político e do princípio de resolução pacífica dos diferendos", vinca o MNE.
A notícia do jornal espanhol foi avançada depois de, no passado domingo, mais de sete milhões de venezuelanos terem desafiado o Presidente Nicolas Maduro num referendo convocado pela Assembleia Nacional, dominada pela oposição. Cerca de 98% dos participantes na consulta rejeitaram a proposta do chefe de Estado para a convocação de uma Assembleia Constituinte.
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