sábado, 22 de julho de 2017

OBRA REGª








LIBERDADE?

…doeu…dói…doerá até ao fim dos ossos do Tempo!

Chamaram-lhe TRABALHO
e não contentes com os crimes
aliaram-no à LIBERDADE.


…continua a dor, porque o mundo está ,sempre mais, no pior terror!
…é a ausência das traves da alma, são as paredes cheias de cinzas e de gritos
maltratadas, sangrentas, cheias de vidas mortas-vivas…

É a neve que cai…o cobertor que não vem (nem virá)É o dia-escuro, o dia que trai…

…e dói…
continua a doer, aquele contraste negro
com o branco da alma fria de neve.

Não…os ossos feitos cinza não permitirão odiados regressos…
…ou carris inchados de peso maligno da alma dos possessos…
Não, os possessos de demónios não têm alma, são vampiros estéreis!

Não! Nem sempre parece que Deus segue os mesmos caminhos do HOMEM!
Nem sempre o sol de Deus cobre com sua manta o homem-vida!
Casos houve em que se perdeu por atalhos do tipo “Die arbeit macht frei”…
Não chegou a tempo de evitar os banhos de gás,
cuja água escorreu para fornos acesos
e não para árvores ou campos sedentos de água.

Longe de Auschwitz o homem continua nos braços do caos
do horror da morte, da falta de amor e sorte,
do desvario do seu dia-a-dia, da noite-sem-dia, do TUDO-sem-NADA...
e ESTE TUDO, objectivo e subjetivo, continua a ser prenúncio de MORTE!

Maria Elisa Ribeiro
ABRIL/017

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