sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

POEMA: CANTO-TERRA































POEMA:

CANTO-TERRA


Noite de Lua-Cheia.
As nuvens despem-se, para um banho de luar.

As rosas erguem as pétalas rubras e absorvem a luz a brilhar.
Os poetas acordam como faróis da terra a guardarem o mar.
Depura-lhes a alma, aquele hino ruidoso do verde das montanhas.


Tenho sono.
Sinto-me a adormecer sobre um canto do poema.


Crepita o fogo, numa lareira acesa dentro das veias,
que bailam nos adros do coração.
Os pássaros dormem na quietude da brisa, que medita no jardim.
Os dias, artérias da vida, repousam no verde-escuro
[da hora crepuscular.]



Quanta confusão na cabeça do poeta,
quando nasce o dia nas agulhas tristes dos pinheiros velhos,
[cheios de lágrimas da Noite…]



Vou excitar o anoitecer, dissolvendo cristais de lua nas palavras do meu poema!

Minha noite não adormece…
Estremece, no lençol de seda,
que é tua pele- macia- de- alvorecer…



Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
VDS- JAN/014-

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