GOTAS DE ODOR OUTONAL
Pergunto-me quantas vezes ainda
verei cair as gotas das primeiras revoadas de
Outono,
nos ventos furiosos.
Haverá mais Poesia que a que tenho visto perder-se
dos secos
ramos outonais?
Há! De certeza!
Há muita poesia que ao homem não é dado ver!
Não passam,
impunemente,
as frágeis belezas do outono.
O homem sente-as correr
quando roubam a maciez das peles,
que já foram frescas como rosas nos quintais.
Neste momento
em que penso a beleza dura
das verdades outonais,
quem saberá dizer-me
quantas folhas ainda verei cair
das aprumadas árvores sensoriais?
SET/020
Maria Elisa Ribeiro
Gosto
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