terça-feira, 6 de setembro de 2022

POEMA

 PÁTRIA-POEMA

...e a terra,
mostrador de todos os poemas,
sinal de graças concebidas e recebidas,
fundo-resíduo de todas as águas,
contenta-se com o poema que consiga entendê-la.
O meu poema,
supostamente inevitável como seiva sã
a correr na vida dos campos floridos e semeados,
lindos como todos os seres
que sabem dizê-lo em verso
no momento de uma pausa nobre...
...o meu poema-dizia-,humilde mas desembaraçado,
corre ao encontro de todas as superfícies terreais e astrais,
deixando ao de cimo
a cinzento-esverdeado espuma das ondas
daquele mar de Oceanos
que o POEMA imortalizou,
tornando-o único e eterno.
E o poeta,
que canta, escrevendo-as, as águas surdas
de UM mar
que fustigou caravelas,
permanece de olhos fixos no ADAMASTOR
das espirais oceânicas,
que ainda hoje atiram ondas contra as falésias da vida.
PORTUGAL-POETA, apesar disso, sempre o soube,
continuando a poetizar os Sonhos.
©Maria Elisa Ribeiro
Todos os direitos reservados
SET/2021
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