quarta-feira, 30 de junho de 2021

POEMA

 DEUSES DAS ASAS DAS BORBOLETAS

Rosas de um vermelho ululante
gritam nos subterrâneos
do ventre da terra.
Com a luz do dia se libertam numa sinfonia de cor e dor;
e desabrocham a meu lado irradiando fogo jovem
que seduz
a regeneração vibrante de toda a vegetação
do milagre do mundo.
Abrem-se as pálpebras das estrelas,
decididas a entrarem no jardim dos seus- corpos-esplendor,
para com elas cantarem de Amor...rubro...quente...já Presente...
Vou nas tuas artérias, rosa rubra,
-nas tuas lágrimas de orvalho vermelho-
onde canto a Liberdade das sementes
que em ti renascem...
Vou por um qualquer atalho,
pois sei que neles se escondem
os deuses das asas das borboletas.
Vou no teu aroma trepidante, no teu sol
que abre de rompante,
nas tuas pétalas desnudas, no ventre da tua corola
onde guardas,
igualmente,
os versos do meu poema,
tal qual guardas os raios de sol, que sempre te acordam,
assim que te levantas.
©Maria Elisa Ribeiro
ABL/2021
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Pode ser uma imagem de natureza
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