segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Boa tarde, meus amigos!


 A minha poesia

ARTÉRIAS
pelas artérias quentes do meu
corpo te prolongas...
escrevo-te com palavras mais que minhas,
insondáveis,perdidas nos sentidos
do olhar
com que me vives.
Memórias?
...guardo-as quando registo os momentos
da harmonia sentida pelo
meu-sangue-em-ti...
Por isso, não permito que,nas artérias,
se façam ouvir as palavras vivas
que se banham
nas artérias dos nossos momentos...
Muitas palavras sangram-me nos olhos
e caem-me nos dedos insatisfeitos
feitas lágrimas,
pois sabem ser impossíveis de escrever
nos nossos momentos-de-SER.
Estão alegres e vivos, os cisnes ,
que se movem
agradecidos aos lagos
pelas glórias do viver.
São mais objectivas as cores das duas rosas em amor,
no jardim arterial do meu quintal.
Bem as vejo, ternamente abraçadas
_________________ num tom tão quase coloquial
___________________________que logo se tornam artéria imortal.
Pelo nosso corpo quente nos prolongamos...
____lá fora vai chegando o ocaso...
_______a tarde deixa de cantar os raios soberanos...
__________encontrar-nos-emos no calor frio das nossas solidões...
Maria Elisa Ribeiro
JLH/020

Sem comentários:

Enviar um comentário