O SONO DOS OUTROS
Todos dormem...eu, ainda não!
Teu nome que, sem querer, chamo,
é a minha insónia
desde que as
primeiras luzes cruzaram a nossa íntima história.
A lua cheia uiva...
E sinto um arrepio
ao chegar o primeiro raio de luz,
que se estende pelo
mundo e
se dilui, espalhando-se pelas terras ricas de história
na memória.
Há sobressaltos e alvoroços da vida, que as ervas rasteiras
libertam aos primeiros raios do estrelado céu.
São felizes, as noites, quando nos vêem brincar ao som das
palavras do nosso poema e
quando deslizamos
pela colina de suaves ervas, em redor.
O poema de que somos autores é simples e comovente.
Fala da nossa alegria,
naquela melancolia
serena
que o bosque liberta,
em raios de luz e cor.
Ouvi dizer
que um poema não
modifica as coisas...
Ai,sim, que modifica! E como...
Comecemos por pensar em nós dois...
_____________________________COMOVO-ME!
AGT/20
Maria Elisa Ribeiro
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