Sossega…
Deixa-te estar assim…
Preciso de fixar num poema
o mapa sereno do teu rosto onde, seguramente,
encontrarei vestígios de tudo o que já vivemos.
Sinto que o vento me tatuou em ti, nos teus olhos,
nas faces,
com esta mão que nos escreve e com que-tantas vezes! te afaguei.
Deixa-te estar assim…
Preciso de fixar num poema
o mapa sereno do teu rosto onde, seguramente,
encontrarei vestígios de tudo o que já vivemos.
Sinto que o vento me tatuou em ti, nos teus olhos,
nas faces,
com esta mão que nos escreve e com que-tantas vezes! te afaguei.
Minha pele lembra sulcos de terra onde as sementes se escondiam , para irromper…
No meu corpo floresceram teus lábios quentes,
de quando me beijavas sem te conteres.
O vento sabe de nós…e as flores abertas, também…
E sabem-no ainda os insectos, esses seres insurrectos, inquietos,
sempre a circular em volta dos sucos doces da Terra-Mãe.
Sossega…
Deixa-te estar assim…
também eu gosto de dançar no teu olhar
em volta das flores, antes de tatuar teu ser num poema-que-quero-viver.
Maria Elisa Ribeiro
MRÇ/019
Foto Google
MRÇ/019
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