quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

POEMA REGººººº!

POESIA ENTRE LENÇÓIS DE LINHO
Rebentam ondas pelo areal… meus passos
levam segredos escondidos
entre o arrastar dos barcos e as algas atiradas para a areia da praia,
onde pousam gaivotas alvoroçadas.
Búzios carregam suas casas a fugir das tempestades.
Repouso nos mirantes extenuados das falésias
onde o mar não vai chegar,
e vou escrevendo frases ao “deus dará”… talvez um poema
de palavras que a linguagem nos dá.
Perto de meus pés, na areia molhada, vêm bater ondas de borrifos
que, para além do mais, me refrescam a face enrubescida.
As espumas brancas das ondas esbranquiçadas lembram
os lençóis de linho
onde acordámos, em tantas alvuras das madrugadas.
A praia e os búzios, as ondas e as espumas, continuam por lá
assoberbadas de vida marinha…
A noite não nos falta…
Falta-nos o poder de nos permitir domá-la…
O linho é AGORA
a lã branca
que nos ampara…
NOV/019
Maria Elisa Ribeiro

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