quarta-feira, 25 de julho de 2018

Poema de minha autoria







HORA VIGÉSIMA QUINTA


De nossas mãos entrelaçadas
apenas  o nó desfeito de um abraço, em plena noite ficou.
As estrelas deixaram de nos iluminar
e perderam-se em cavalgadas loucas, a iluminar a superfície lisa
das águas do mar.


Com um fragor semelhante a uma pedra rolante, que se atira
da colina,
uma lágrima rolou…luminosa…quente…pequenina…


Sinto-me, hoje, uma ponte entre o Passado ausente
e este Presente-Presente, ansiosa por me perder
nas ondas revoltas daquele nosso Antigamente.

Sangram-me os dedos por teimar em escrever poemas-
-tantos poemas!-onde te encontras sem que te veja…
Beija-me, agora, o silêncio das palavras que se calam
quando as não consigo escrever,
 porque vivem nesta memória inquieta da qual não devo falar,
e onde estou a acontecer.

Será numa Hora vigésima quinta ,
que se dará o meu renascer?
Saberei se podes acontecer-me, nas águas
que habitam meu-rio-a-fluir?

O mar continua a bramir em ondas de espuma a ferver.


E a montanha dos ventos ululantes continua a brilhar
à luz da Lua distante,
 de uma hora vigésima quinta,
- vigésima sexta, vigésima sétima, do mundo-a-viver…



Maria Elisa Ribeiro
JNH/018

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