sábado, 1 de fevereiro de 2014

POEMA: De um sopro...(XXX)



DE UM SOPRO…(30)





…silenciosamente, medito.

.só, o pensamento cabe na medida das palavras não pronunciadas.

…o longe faz-se perto.

…o passado torna-se presente.

…as quedas d’água rumorejantes

grávidas de gotas das chuvas

enchem espaços longínquos-perto-de-tão –afastados-distantes.





De um sopro,







agita-se o cérebro silencioso…

…revive, recorda, rememora…

.tráz a infância nas asas do Tempo, como natural rajada de vento.

…a luz é luz.

. a treva é treva.

.o imenso é mistério

de autodescoberta

que não encontro.

. e eu não sei onde me coloco no ponto fulcral-de-mim

a perder-me-numa-fronteira-sem-fim .





De um sopro,






a chama torna-se cinza …

…a flor murcha…

…o mar impõe-se à areia que desliza…

a mente estala

e a palavra fossiliza

no poema-arte.


Maria Elisa Rodrigues Ribeiro



Marilisa Ribeiro-FEV/012          
                    
                                   


2 comentários:

  1. "De um sopro", respirei aqui, nesta agradável visita, um maravilhoso poema, Marilisa! Beijinho

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  2. Obrigada, Joaquim do Carmo! Gostei de o "ouvir" entrar...
    Beijinho da
    Maria Elisa

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