segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Poema; PODES FALAR...























PODES FALAR…

…diz das estrelas em noite de luar…
…diz da Lua em Quarto-Crescente…
…diz do poema , que é acto-de-amor…
…diz do vento que afasta folhas envelhecidas
*e alimenta ramos de árvores
com cheiro de flor _______________________

Eu escuto …
_________nas bermas da noite, a voz das palavras
[sabor-a-luar]
_________a fala dos lábios molhados de rubor,
_________a dor cantada de Florbela, na madrugada
[do trigo-em-flor]
________ o som da Metáfora que baloiça na relva do meu vestido
[abrigo-do-teu-olhar]

(Um nó de pedra engasga as palavras, no suor das noites…
A pena que escreve, esvoaça-entre-os-dedos, quase sem abrigo,
quase vertigem,
quase vôo loucura de aranha-sem-teia
onde podes falar, enquanto eu escuto
[o silêncio absoluto] )

E as cores das flores,
( que não são as minhas, porque as não soube inventar),
segredam, entre si, um alfabeto de brancos raios de luar
que repousam em teus lábios, para que os possa aspirar…

Maria Elisa Rodrigues Ribeiro
FEV/014




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